Apesar de ocuparem um dos três últimos lugares durante a pausa internacional, Carlisle afirma que já viu o suficiente esta época para acreditar que o Burnley pode evitar a descida.
E, segundo Carlisle, o elemento fundamental para esse objetivo será o antigo capitão do Manchester City, Walker.
O antigo defesa, que disputou mais de 150 jogos pelos Clarets, disse ao Tribalfootball: "Ele passou uma década ou mais no Manchester City, e mesmo sendo de uma linhagem e qualidade superiores, com todo o respeito, vir para Turf Moor é um desafio completamente diferente."
"Passar de Manchester para a cidade de Burnley é uma realidade distinta, mesmo estando apenas a 15 milhas de distância. Por isso, espero que a sua qualidade faça a diferença em campo, mas também é preciso tempo para se integrar na equipa e num grupo diferente", explicou.
"É por isso que fiquei tão impressionado com os primeiros jogos, em que houve alterações importantes, sobretudo no setor defensivo, mas mesmo assim não se perdeu o rigor defensivo. O que posso dizer sobre o Kyle Walker é que, ao longo de toda a sua carreira, a sua velocidade compensou muitos erros e agora, com a idade, já não é tão constante ou disponível como antes. Por isso, penso que poderá haver uma ou outra situação numa equipa e num coletivo que não domina tanto a posse de bola como o Manchester City, em que isso possa criar mais dificuldades à equipa do que aquelas a que o Kyle está habituado", acrescentou.
"No entanto, continua a ter tanta qualidade que é uma ameaça tanto a atacar como a defender", garantiu Carlisle.
Força defensiva
De facto, Carlisle acredita que a solidez defensiva demonstrada pelo Burnley até agora é a base sobre a qual o treinador Scott Parker e os seus jogadores podem construir.
"Muitas vezes vemos equipas a subir do Championship com um excelente registo defensivo, mas quando chegam à Premier League acabam por ser sistematicamente destruídas pela diferença de nível. E achei que, pelo menos nos primeiros três ou quatro jogos, o Burnley mostrou que mantém essa solidez defensiva para fazer a transição. E isso, por si só, é muito encorajador", considerou.