O Liverpool mostrou por que está no caminho certo para ser campeão, ao acabar com a invencibilidade de 12 jogos do Bournemouth, graças aos dois golos de Mohamed Salah no sábado, mas o Arsenal conseguiu uma vitória sobre o destronado e desorganizado atual campeão.
Na outra ponta da tabela, a luta para evitar a despromoção parece cada vez mais com três dos quatro últimos, já que Everton e Tottenham afastaram-se da zona perigosa.
A AFP Sports analisa três pontos de discussão do fim de semana da Premier League.
Os meninos prodígios do Arsenal
Um dia para o Arsenal saborear, contra a equipa que lhe negou o título em cada uma das duas últimas temporadas, foi iluminado pelos golos de Myles Lewis-Skelly e Ethan Nwaneri, formados na academia.
Os jovens tornaram-se os jogadores mais jovens a marcar na Premier League contra os atuais campeões, desde que Wayne Rooney anunciou a sua chegada ao Everton, contra o Arsenal, em 2003.
Lewis-Skelly teria sido expulso se o seu polémico cartão vermelho contra o Wolves no fim de semana passado não tivesse sido anulado.
O lateral-esquerdo aproveitou ao máximo, com uma atuação de mestre, que foi coroada com o seu primeiro golo pelo clube.
O jogador comemorou o golo com uma pose de meditação, que imitou a do avançado do City, Erling Haaland.
Nwaneri completou a goleada com o seu sétimo golo da época e está a aproveitar bem os minutos extra proporcionados pela baixa por lesão de Bukayo Saka.
A vitalidade da juventude do Arsenal contrastou fortemente com a envelhecida equipa do City, cujos melhores dias estão claramente para trás, e que precisa de uma renovação se Pep Guardiola quiser que o clube volte a ser um candidato na próxima temporada.
A vantagem de seis pontos do Liverpool, com um jogo a menos, pode ser demais para o Arsenal usurpar até maio.
No entanto, os comandados de Mikel Arteta têm duas grandes promessas para o futuro.
Os sete magníficos do Forest
O Forest de Nuno Espírito Santo respondeu a qualquer dúvida sobre as suas credenciais de líder com uma goleada de 7-0 sobre o Brighton no sábado.
Chris Wood marcou três golos, enquanto Morgan Gibbs-White e Anthony Elanga também brilharam numa resposta devastadora à derrota por 5-0 com o Bournemouth na semana anterior.
Para finalizar um dia de glória, os comandados de Nuno Espírito Santo assistiram à derrota de todos os candidatos a um lugar na Liga dos Campeões.
Além das derrotas do City e do Bournemouth, o Newcastle perdeu por 2-1 com o Fulham e o Aston Villa caiu por 2-0 com o Wolves.
A vantagem do Forest sobre o quinto classificado, o Newcastle, é agora de seis pontos.
Mesmo um lugar entre os cinco primeiros deverá ser suficiente para garantir a Liga dos Campeões esta época, devido ao forte arranque das equipas inglesas nas competições europeias.
O "Moyesiah" do Everton
David Moyes fez os anos recuarem no Goodison Park, desde que assumiu o comando do Everton, pela segunda vez, no mês passado.
O escocês, que fez o seu nome numa passagem de 11 anos pelos Toffees, entre 2002 e 2013, regressou à equipa à espera de uma luta contra a despromoção para prolongar a permanência de 71 anos do clube na primeira divisão.
Mas a vitória por 4-0 sobre o Leicester foi o terceiro triunfo consecutivo do Everton, que ficou a nove pontos dos últimos três classificados e a três do Manchester United, em 13.º.
"O trabalho é garantir que somos uma equipa da Premier League. Os últimos três resultados vão contribuir muito para que isso aconteça", disse Moyes.
"Achei o barulho incrível. Lembro-me de como era sempre. É preciso dar-lhes motivos para gritar, e foi o que fizemos desde o início", acrescentou.
Em contrapartida, a oitava derrota do Leicester em nove jogos deixou-o atrás do Wolves.
O Ipswich também viu as suas esperanças de sobrevivência serem reduzidas, já que o Southampton, que está no fundo da tabela, venceu pela primeira vez, desde novembro, no Portman Road.