A época passada, marcada pela lesão prolongada do médio espanhol Rodri, vencedor da Bola de Ouro de 2024, começou a correr mal na véspera do Dia das Bruxas, num jogo dos oitavos de final da Taça da Liga.
O City foi então eliminado contra o Tottenham, um desaire que poderia ter permanecido esquecido, pois ocorreu na menor das quatro competições do clube.
Mas, longe de ser um acontecimento isolado, esse jogo deu início a uma série de 13 encontos durante os quais o City ganhou um, empatou três... e perdeu nove, seis dos quais na Premier League.
Numa liga tão importante como a inglesa, uma série destas é fatal para as aspirações de qualquer equipa.
Os maus resultados nesse período também complicaram o seu percurso europeu, deixando-os fora dos oito primeiros que se qualificavam diretamente para os oitavos de final e obrigando-os a passar por um play-off contra o Real Madrid, no qual as suas aspirações terminaram.
Soluções no mercado
Depois de se ter endireitado, o Manchester City conseguiu terminar no apertado top 4 da Premier League e chegou mesmo a acreditar que poderia conquistar um título nacional na Taça de Inglaterra, mas o Crystal Palace acabou com as suas esperanças em Wembley.
Depois veio o Campeonato do Mundo de Clubes e mais uma eliminação dolorosa e inesperada, desta vez às mãos do Al-Hilal da Arábia Saudita nos oitavos de final.
Todos os grandes clubes passam por períodos de maior ou menor sucesso, mas o que mais impressiona na queda do City é a falta de soluções de Guardiola, que ao longo da sua carreira soube reinventar as suas equipas em momentos de dificuldade.

"Não sou suficientemente bom. Sou o chefe, o treinador, tenho de encontrar soluções e até agora não o fiz", disse o treinador de 54 anos em dezembro, depois de perder o dérbi de Manchester com o United.
Uma parte das soluções veio, como é habitual no City, do mercado: em janeiro, numa tentativa de dar a volta à época, contratou o avançado egípcio Omar Marmoush, o defesa uzbeque Abdukodir Khusanov e o médio espanhol Nico González... por um total de 175 milhões de euros.
No final da época e antes do Campeonato do Mundo de Clubes, o clube do Etihad contratou o neerlandês Tijjani Reijnders, o lateral-esquerdo argelino Rayan Aït-Nouri e o extremo francês Rayan Cherki, num total de 128 milhões de euros.
Missão: trazer Haaland de volta
Desde o torneio nos Estados Unidos, os Sky Blues contrataram o guarda-redes James Trafford e o jovem médio norueguês Sverre Nypan por um total de 45,2 milhões de euros.
Uma reestruturação do plantel acelerada pelos maus resultados, mas necessária após a saída de veteranos como o belga De Bruyne e o lateral inglês Walker, e os problemas físicos de Rodri.
Pep, que desde a sua chegada a Inglaterra só tinha perdido o título na sua primeira época, enfrenta a árdua tarefa de reunir as suas novas peças e, ao mesmo tempo, restaurar a fome e a aura avassaladora que perdeu.
Para isso, será necessário o regresso à forma do avançado norueguês Erling Haaland, um terror entre defesas e guarda-redes em Inglaterra e na Europa nos últimos anos, mas que foi prejudicado por problemas físicos recorrentes no ano passado.
Os seus principais rivais internos, Liverpool e Arsenal, também se reforçaram e farão tudo o que puderem para impedir que os Citizens voltem a navegar a todo o vapor.