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Depois de uma época de seca, conseguirá Guardiola reanimar o Manchester City?

Guardiola, o homem na mira do Manchester City
Guardiola, o homem na mira do Manchester CityGABRIELE MARICCHIOLO / NurPhoto / NurPhoto via AFP

O Manchester City, que acumulou campeonatos, taças nacionais e até um título da Liga dos Campeões na última década, terminou a última temporada sem troféus. No início da décima temporada de Pep Guardiola no comando do clube, será que o catalão conseguirá levar o clube de volta ao sucesso?

A época passada, marcada pela lesão prolongada do médio espanhol Rodri, vencedor da Bola de Ouro de 2024, começou a correr mal na véspera do Dia das Bruxas, num jogo dos oitavos de final da Taça da Liga.

O City foi então eliminado contra o Tottenham, um desaire que poderia ter permanecido esquecido, pois ocorreu na menor das quatro competições do clube.

Mas, longe de ser um acontecimento isolado, esse jogo deu início a uma série de 13 encontos durante os quais o City ganhou um, empatou três... e perdeu nove, seis dos quais na Premier League.

Numa liga tão importante como a inglesa, uma série destas é fatal para as aspirações de qualquer equipa.

Os maus resultados nesse período também complicaram o seu percurso europeu, deixando-os fora dos oito primeiros que se qualificavam diretamente para os oitavos de final e obrigando-os a passar por um play-off contra o Real Madrid, no qual as suas aspirações terminaram.

Soluções no mercado

Depois de se ter endireitado, o Manchester City conseguiu terminar no apertado top 4 da Premier League e chegou mesmo a acreditar que poderia conquistar um título nacional na Taça de Inglaterra, mas o Crystal Palace acabou com as suas esperanças em Wembley.

Depois veio o Campeonato do Mundo de Clubes e mais uma eliminação dolorosa e inesperada, desta vez às mãos do Al-Hilal da Arábia Saudita nos oitavos de final.

Todos os grandes clubes passam por períodos de maior ou menor sucesso, mas o que mais impressiona na queda do City é a falta de soluções de Guardiola, que ao longo da sua carreira soube reinventar as suas equipas em momentos de dificuldade.

Calendário do Manchester City
Calendário do Manchester CityFlashscore

"Não sou suficientemente bom. Sou o chefe, o treinador, tenho de encontrar soluções e até agora não o fiz", disse o treinador de 54 anos em dezembro, depois de perder o dérbi de Manchester com o United.

Uma parte das soluções veio, como é habitual no City, do mercado: em janeiro, numa tentativa de dar a volta à época, contratou o avançado egípcio Omar Marmoush, o defesa uzbeque Abdukodir Khusanov e o médio espanhol Nico González... por um total de 175 milhões de euros.

No final da época e antes do Campeonato do Mundo de Clubes, o clube do Etihad contratou o neerlandês Tijjani Reijnders, o lateral-esquerdo argelino Rayan Aït-Nouri e o extremo francês Rayan Cherki, num total de 128 milhões de euros.

Missão: trazer Haaland de volta

Desde o torneio nos Estados Unidos, os Sky Blues contrataram o guarda-redes James Trafford e o jovem médio norueguês Sverre Nypan por um total de 45,2 milhões de euros.

Uma reestruturação do plantel acelerada pelos maus resultados, mas necessária após a saída de veteranos como o belga De Bruyne e o lateral inglês Walker, e os problemas físicos de Rodri.

Pep, que desde a sua chegada a Inglaterra só tinha perdido o título na sua primeira época, enfrenta a árdua tarefa de reunir as suas novas peças e, ao mesmo tempo, restaurar a fome e a aura avassaladora que perdeu.

Para isso, será necessário o regresso à forma do avançado norueguês Erling Haaland, um terror entre defesas e guarda-redes em Inglaterra e na Europa nos últimos anos, mas que foi prejudicado por problemas físicos recorrentes no ano passado.

Os seus principais rivais internos, Liverpool e Arsenal, também se reforçaram e farão tudo o que puderem para impedir que os Citizens voltem a navegar a todo o vapor.