"É um treinador jovem, que já deu provas. Saiu de um trabalho fantástico no futebol português. Fez o trabalho difícil de ser treinador em certos aspetos e agora tem de carregar o fardo de tudo o que aconteceu antes dele. E não me refiro apenas ao que se passa em campo, mas também fora dele. Tenho a certeza de que há coisas que aconteceram que o surpreenderam, porque não lhe foram mencionadas", afirmou Paul Parker ao Tribalfootball, enquanto se questiona se Ruben Amorim queria novos jogadores na janela de transferências de janeiro.
"Ele diz que não queria acrescentar jogadores ao plantel neste momento, mas pergunto-me se isso não será o ego a querer acreditar que pode ganhar jogos com o que tem. Em vez de olhar para o que tem à sua disposição na sua caixa de ferramentas, diz que novos jogadores não vão resolver nada. Acho que ele está a seguir a linha, em vez de sair e talvez agravar alguma coisa", defendeu Paul Parker, que jogou mais de 100 vezes pelos Red Devils durante um período de cinco anos.
"Neste momento, tenho de concordar com ele, porque ninguém pode fazer esse trabalho neste momento. É um trabalho impossível e a razão pela qual é um trabalho impossível é que, em determinada altura, o clube estava a ser utilizado como uma caixa multibanco. Agora está a ser usado como uma ferramenta para construir um estádio incrível", acrescentou Parker, claramente não acreditando que este seja o momento certo para falar de um novo estádio, com assuntos mais urgentes em mãos.
O reforço do plantel, por exemplo, mas o Manchester United apenas trouxe o internacional dinamarquês Patrick Dorgu. Depois de ter dispensado Marcus Rashford, Antony e Tyrell Malacia, por empréstimo, era essa a área em que o United precisava mesmo de reforçar o plantel?
"Precisavam mesmo de equilibrar o plantel com a saída de Malacia para o PSV. Ele esteve muito tempo sem jogar, por isso precisava de treinar e este era o ambiente errado para ele. No que diz respeito a Dorgu, têm de o pôr a jogar na esquerda", defendeu Paul Parker.
"Não gosto de dizer às pessoas como devem fazer o seu trabalho quando elas já o fazem há muito mais tempo do que eu, mas acho mesmo que têm de o pôr a jogar na esquerda. É óbvio. O Dalot deve estar quase a encolher-se. Ele estava a fazer bem o seu trabalho no lado direito e poderia fazer um trabalho admirável na lateral esquerda. Mas, como lateral-esquerdo, a pressão é acrescida e ele tem dificuldades. Tenho de seguir a opinião da maioria dos adeptos. Penso que a contratação de um avançado-centro era necessária para o Manchester United. Só para ter um corpo em campo que participasse. Teria feito a diferença, na minha opinião", concluiu.