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Exclusivo com Shaun Wright-Phillips: "Era um grande fã do Neto quando ele estava no Wolves"

Shaun Wright-Phillips em análise ao plantel do Chelsea
Shaun Wright-Phillips em análise ao plantel do ChelseaEUGENE GOLOGURSKY/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/Getty Images via AFP
O Chelsea está à procura da forma que exibiu antes do Ano Novo e um dos jogadores acusados de ter desaparecido é Jadon Sancho, mas Shaun Wright-Phillips, antigo internacional inglês, dá o benefício da dúvida ao extremo, em declarações exclusivas ao Flashscore.

"Ele enganou-nos", afirmou o antigo jogador do Chelsea, John Obi Mikel, no seu próprio podcast, mas Shaun Wright-Phillips não concorda inteiramente.

"A confiança é uma coisa enorme. Podemos ver nos elementos do seu jogo que ele tenta fazer com que as coisas aconteçam. Se olharmos para o seu passado, antes de se juntar ao Man United, tudo o que ele fez também resultou. Isso cria confiança para que ele o faça repetidamente até criar uma oportunidade ou fazer um remate ou mesmo marcar um golo. Com o tempo, isso acontecerá", analisou

"Eu próprio fui extremo, e há elementos no seu jogo que reconheço por ter passado por períodos em que as coisas não aconteciam. Ele só tem de baixar a cabeça e continuar, porque sabemos que tem capacidade para isso. Pode-se perder o ritmo, a confiança, mas a capacidade de fazer as coisas está sempre lá, é só uma questão de a fazer sair", acrescentou.

O antigo jogador do Manchester City comentou ainda a qualidade de extremos como Pedro Neto e Madueke, deixando elogios ao internacional português

"Ainda são jogadores jovens. Eu era um grande fã do Neto quando ele estava no Wolves, mas eles jogavam mais à vontade, mais no contra-ataque. Ele está a aprender na prática e acho que os adeptos do Chelsea têm de lhe dar um pouco de tempo, porque ele tem de aprender a jogar desta forma e a escolher os momentos certos para avançar, quando não avançar e quando fazer as suas jogadas", afirmou.

Os números de Pedro Neto
Os números de Pedro NetoFlashscore

"Madueke melhorou desde o ano passado e vê-se que é muito agressivo na sua abordagem. Por vezes, pode ser capaz de fazer o cruzamento um pouco mais cedo ou ver um determinado passe um pouco mais cedo. Mas isso vem com a experiência e com o facto de ele aprender com que jogadores está a jogar e como é que eles querem a bola. Isso vai acontecer", acrescentou.

Na análise ao Chelsea, o antigo jogador dos Blues abordou a falta de uma verdadeira garantia de golos no ataque londrino.

"Se olharmos para a frente de ataque do Chelsea, diria que precisam de um avançado. Gosto de ver o Nicholas Jackson a jogar por causa das corridas que faz atrás, mas não me parece que seja um avançado", disse.

"Na minha opinião, ele é mais um extremo que faz essas jogadas e se envolve com o avançado. Sempre que o Chelsea o coloca na esquerda, ele parece um jogador completamente diferente. O Chelsea está a passar por um momento difícil. Acho que os erros pelos quais estão a ser castigados agora também aconteceram no início da época, mas depois não foram castigados e, mesmo quando o foram, estavam a marcar muitos golos e o Cole Palmer estava em grande forma", afirmou.

A forma do Chelsea
A forma do ChelseaFlashscore

Por fim, o ex-jogador falou da relação entre Guardiola e Cole Palmer.

"Os dois vão ter sempre essa relação. Lembro-me que, quando era jovem e estava a passar por esta fase, os treinadores também falavam comigo. É uma certa ligação, um laço, se quisermos. Pep ajudou-o a criar, por isso há um respeito mútuo", atirou.

"Não creio que Cole Palmer vá sair. Por mais que as pessoas digam que ele está um pouco escondido, ele continua a fazer as coisas acontecer. Ele cria as oportunidades, mas não é avaliado por isso. É avaliado pelas assistências e pelos golos, mas não é só ele que tem de marcar os golos. Pode não estar a marcar golos, mas continua a fazer o que é suposto fazer na equipa, ou seja, criar oportunidades", concluiu.