Pai e filho na mesma seleção
O pai de Eidur, Arnor, também jogou na seleção nacional da Islândia. Arnor e Eidur Gudjohnsen chegaram mesmo a encontrar-se em campo durante um jogo internacional da Islândia contra a Estónia.
Este momento histórico aconteceu há 29 anos, a 24 de abril de 1996, fazendo deles a primeira dupla pai/filho a fazê-lo.
Foi num jogo amigável em Tallinn contra a seleção da Estónia que Eidur se estreou pelo seu país. Tinha 17 anos e ficou célebre por ter substituído o seu pai Arnor (na altura com 34 anos) na segunda parte. A Islândia venceu por 3-2.
O que significa que nunca estiveram em campo ao mesmo tempo. Segundo consta, deveriam ter começado juntos o jogo internacional seguinte, mas, infelizmente, Eidur partiu o tornozelo antes do jogo.
Arnor teve uma grande carreira. Passou muitos anos na Bélgica (jogou no Lokeren e no Anderlecht), jogou também em França (no Bordéus) e na Suécia (Hacken e Orebro). Arnor Gudjohnsen disputou também 73 jogos pela seleção islandesa e marcou 14 golos.
O filho que superou o pai
Tanto Arnor como Eidur Gudjohnsen jogavam como avançados - Eidur também era capaz de jogar como extremo e teve uma carreira muito mais bem sucedida do que a do pai.
Todos nos lembramos de Eidur Gudjohnsen com a camisola azul do Chelsea, onde, entre outros feitos, se sagrou campeão da Premier League por duas vezes (2005 e 2006). Também o conhecemos bem da sua passagem pelo Barcelona, com o qual conquistou a Liga dos Campeões em 2009 e quatro outros troféus no mesmo ano (LaLiga, Taça do Rei, Supertaça de Espanha e também a Supertaça Europeia).
Em Inglaterra, jogou também no Bolton Wanderers, Tottenham Hotspur, Stoke City e Fulham. Ainda adolescente, foi para os Países Baixos (para o PSV Eindhoven) e experimentou vários outros clubes em muitos outros países do mundo.
Jogou em casa, na Islândia, claro, e depois em França (Mónaco), Grécia (AEK Atenas), Bélgica (Cercle Brugge, Club Brugge), Noruega (Molde) e, no final da carreira, até na China e na Índia. A sua carreira nos clubes durou 23 anos.
Pela Islândia, Eidur disputou 88 jogos pela seleção entre 1996 e 2016, marcando 26 golos.
A próxima geração de Gudjohnsens
O clã de sucesso dos Gudjohnsen continua. Eidur tem três filhos, todos eles jogadores de futebol a nível profissional. Os três têm os mesmos genes que o pai e o avô - são todos avançados.
O filho mais velho de Eidur, Sveinn Aron Gudjohnsen (nascido em 1998), joga atualmente no Sarpsborg 08 (desde 2024), clube da Eliteserien norueguesa. Jogou também na Série B italiana (Spezia), na Dinamarca (Odense), na Suécia (Elfsborg) e na 2.ª e 3.ª Bundesliga alemãs (Hansa Rostock). Sveinn representou a Islândia nas camadas jovens e em 20 jogos pela seleção nacional sénior (marcou dois golos).
O filho do meio de Eidur, Andri Lucas Gudjohnsen (nascido em 2002), joga na equipa belga do Gent (desde 2024). Na sua carreira juvenil, foi formado na academia do Barcelona, mas também na academia do Real Madrid. Jogou pela primeira vez num jogo de futebol sénior pela equipa de reservas do Real Madrid. Mais tarde, jogou na Suécia (IFK Norrkoping) e na Dinamarca (Lyngby). Pela Islândia, Andri já disputou 32 jogos internacionais e marcou oito golos.
Os irmãos Sveinn e Andri também conviveram com o pai na seleção nacional, quando Eidur era treinador adjunto.
O irmão mais novo, Daniel Tristan Gudjohnsen (nascido em 2006), também jogou nas academias do Barcelona e do Real Madrid. Desde 2023, é jogador do Malmo, onde adquiriu a sua primeira experiência no futebol sénior. A nível nacional, só jogou (até agora) pelas seleções jovens islandesas.