Recorde as incidências da partida
Fulham e Man City protagonizaram, esta terça-feira, em Craven Cottage, aquele que poderá ter sido o jogo mais entusiasmante da Premier League esta época, com a equipa de Pep Guardiola a sair vencedora por 4-5.
Erling Haaland inaugurou o marcador, tornando-se o jogador mais rápido da história da competição a atingir os 100 golos, precisando apenas de 111 jogos para alcançar esse feito. Tijjani Reijnders e Phil Foden aumentaram para 0-3 antes de Emile Smith Rowe reduzir a diferença mesmo antes do intervalo.
Foden bisou e fez o quarto do City logo após o recomeço, e um autogolo de Sander Berge deixou os visitantes confortáveis. No entanto, o Fulham não baixou os braços.
Alex Iwobi ainda reduziu e, em apenas seis minutos, Samuel Chukwueze bisou, tornando o final do jogo tenso para o City. Apesar disso, os visitantes seguraram a vitória e há vários pontos a destacar.
Phil Foden está mesmo de regresso
Já houve alguns falsos recomeços, mas depois da exibição de Foden neste jogo, é seguro afirmar que está de volta ao seu melhor nível, após 18 meses relativamente desapontantes para o internacional inglês.
O seu primeiro golo foi de grande qualidade. Após alguma confusão na área do Fulham, na sequência de um canto do Manchester City, a bola sobrou para Foden, completamente solto à entrada da área, que rematou colocado, sem hipóteses para Bernd Leno.
No segundo golo, contou com alguma sorte, já que um toque involuntário de Haaland deixou a bola à sua mercê, mas a movimentação para aparecer naquele espaço foi excelente. Nenhum jogador do Fulham o acompanhou e Foden apareceu no sítio certo, como tantas vezes já fez.
O City tem sentido falta de alguém que alivie a pressão sobre Haaland, mesmo que ele não pareça precisar, e o regresso de Foden à melhor forma pode ser uma ameaça adicional para as balizas adversárias. Um Foden inspirado pode até deixar o líder Arsenal em alerta.
Emile Smith Rowe merece ser titular mais vezes
Apenas Marco Silva saberá porque razão este foi apenas o segundo jogo a titular de Smith Rowe na Premier League esta época. O antigo jovem do Arsenal é, provavelmente, o jogador mais criativo do Fulham, mas tem tido poucas oportunidades para o demonstrar.
Smith Rowe terminou a partida como o jogador de campo com maior precisão de passe entre os que jogaram pelo menos 45 minutos, com uma taxa de sucesso de 95 por cento.
É um feito notável frente a uma equipa de Guardiola, conhecida pela sua posse de bola.
Apesar das poucas titularidades, Smith Rowe é atualmente um dos segundos melhores marcadores do Fulham, com dois golos, com uma média de 0,53 golos por cada 90 minutos.
Lidera também em xG gerado por 90 minutos, com 0,40, mostrando que aparece nos sítios certos.
Ter uma referência criativa consistente seria uma enorme mais-valia para Marco Silva e para o Fulham. Smith Rowe merece mais oportunidades para mostrar o seu valor.
Erling Haaland é (provavelmente) o melhor goleador da história da Premier League
É difícil expressar o quão impressionante é marcar 100 golos em 111 jogos na Premier League.
Quando Alan Shearer o conseguiu em 124 jogos, poucos acreditavam que alguém pudesse superar esse registo, ainda para mais numa competição tão exigente.
Se, e é um grande se, o avançado norueguês permanecer no Manchester City até ao final do contrato de nove anos que assinou recentemente, é praticamente inevitável que venha a bater o recorde de Shearer, de 260 golos.
É verdade que já houve avançados mais completos na era da Premier League, que contribuíam mais defensivamente ou criativamente, mas Haaland é um caso à parte na finalização e, provavelmente, o melhor que a Liga já viu.
