O Everton entra em campo depois de ter perdido por 1-0 com o recém-promovido Leeds United, enquanto o Brighton vem de um empate 1-1 com o Fulham, graças a um penálti de Matthew O'Riley. Hurzeler começou por falar em ser mais implacável enquanto clube e deu uma resposta longa mas reveladora.
Como é que o Brighton pode ser mais implacável?
"Não sou o maior fã deste tipo de coisas. Também me aconteceu, depois do jogo, dizer que é preciso matar o jogo. Claro que precisamos de matar o jogo. Claro que queremos marcar golos", afirmou.
"Todos os jogadores querem marcar um golo. Todos os jogadores querem fazer assistências. Nunca vou dizer a um jogador 'tens de marcar', porque todos os jogadores querem marcar. Se dissermos 'tens de marcar', estamos a pressioná-lo naquilo que ele não pode controlar, e isso causa-lhe stress", acrescentou Hurzeler.
"É possível exercer pressão sobre os jogadores quando eles podem controlar alguma coisa. Por exemplo, o quanto correm, quantos duelos pessoais ganham, como reagem quando perdem a bola. Tudo isso são coisas que eles podem e devem fazer. Mas marcar golos é para mim - claro que é importante vencer jogos, mas em relação ao último jogo contra o Fulham, se mantivermos a baliza a zero, nada acontece e ganhamos o jogo. O essencial é defender até ao fim, manter a concentração alta, não ser preguiçoso, fazer o seu trabalho, estar atento quando há um recomeço, um lançamento ou um canto. Tudo isto são coisas que se podem influenciar e são o meu principal objetivo", explicou o treinador do Brighton.
O primeiro jogo do Everton no Estádio Hill Dickinson
Este será o primeiro jogo do Everton no seu novo estádio, o que será um grande estímulo para os Toffees, que usarão o público da casa a seu favor. Hurzeler admite que isso pode desempenhar um papel importante no jogo e espera uma atmosfera intensa.
"Os adeptos do Everton são conhecidos por serem muito emotivos. São conhecidos por serem grandes adeptos, por serem grandes apoiantes da sua equipa. Por isso, estamos ansiosos por este ambiente. Estamos ansiosos por ver o novo estádio, mas não estamos lá para ser esse clube simpático, estamos lá para ganhar pontos e é esse o nosso objetivo", afirmou.
A saída de Enciso
Por último, o treinador do Brighton falou sobre a saída de Julio Enciso, que pertence ao Chelsea, o que representa um duro golpe para as Gaivotas.
"Há alguns rumores, há algumas conversas, mas ainda não há nada feito, por isso não podemos comentar. Quando trabalhei com o Julio fiquei muito satisfeito. É um jovem com um grande potencial. Demonstrou-o, penso que durante a sua passagem pelo Brighton, mas também o demonstrou quando jogou pela sua seleção nacional. Por isso, no geral, foi muito positivo. Claro que também houve alguns momentos em que ele teve um contratempo com as lesões. Mas, no geral, é um jovem que quer jogar futebol, sente-se a sua paixão. É muito bom trabalhar com ele", afirmou.