A Arábia Saudita voltou a abrir o mercado. Os milhões do Médio Oriente são um chamariz para jogadores de todas as idades. Já se chegou ao ponto de jovens como Gabri Veiga (22 anos) e Jhon Duran (21 anos) colocarem o interesse do futebol do Médio Oriente acima das ofertas dos gigantes europeus. Foi o que aconteceu há um ano com o médio espanhol, que recusou grandes propostas para se juntar ao Al Ahli, da Arábia Saudita... Jhon Durán repete a história e abandona a Premier League quando a sua carreira teve uma enorme projeção no Velho Continente.
O futebol árabe é uma atração que também está a deixar para trás a crença de muitos treinadores em não chamar jogadores que não estejam em ligas "de topo" na Europa. O caso de Aymeric Laporte confirma isso mesmo. O defesa venceu o Campeonato da Europa com a Espanha e foi importante na linha defensiva da "La Roja": partilhou a linha defensiva durante toda a competição com Robin Le Normand, do Atlético de Madrid.
Um campeonato físico e em evolução
Jhon Durán chega a uma liga física e exigente que tem registado um enorme crescimento nos últimos anos. Desde a contratação de Cristiano Ronaldo pelo Al Nassar, equipa com a qual o colombiano jogará nos próximos cinco anos e meio, várias estrelas do Velho Continente foram para a Arábia. Neymar Jr, Brozovic, Milinkovic Savic, Laporte, Veiga, Mitrovic, Sadio Mané, Karim Benzema, entre outros, optaram por procurar oportunidades longe da Europa graças à capacidade económica dos clubes.
O avançado deixa a Premier League após dois anos de boa forma: disputou um total de 78 jogos e marcou 20 golos (a maioria dos quais como suplente). Pouco a pouco, ganhou a confiança de Unai Emery, que alternou o avançado do Villa com Watkins, um titular indiscutível (pretendido pelo Arsenal, que procura um avançado de nove golos) e Durán, que chegou a Inglaterra vindo do Chicago Fire.
Contrato faraónico
Durán, neste contexto, terá um contrato faraónico que fará dele o futebolista colombiano mais bem pago da história. O avançado receberá 20 milhões de euros por ano. Além disso, a sua contratação (a segunda transferência mais cara de um colombiano. Só a venda de James ao Madrid o ultrapassa) ronda os 90 milhões de euros, um valor que, sem dúvida, convém ao Aston Villa, um clube habituado a desenvolver estrelas e depois vendê-las por milhões de euros. Grealish (mais de 100 milhões para o City) ou Diaby (mais de 60 milhões para a Arábia, também) são alguns exemplos.
O avançado torna-se também a transferência mais cara da história da Colômbia. James Rodríguez tinha o primeiro lugar (o Real Madrid pagou 85 milhões de euros por ele em 2014). No entanto, com o preço milionário que a Arábia Saudita colocou em cima da mesa, Durán ultrapassa-o.