Na véspera de Natal do ano passado, foi anunciado que o bilionário empresário britânico, presidente da empresa de produtos químicos INEOS, tinha chegado a acordo para comprar 25% do clube, incluindo um investimento adicional de 300 milhões de dólares (288, 5 milhões de euros) em infra-estruturas, para além do preço de compra de 1,3 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros).
Esse acordo foi ratificado em fevereiro e a Comissão de Títulos e Câmbio dos EUA confirmou que os últimos 100 milhões de dólares (96 milhões de euros) foram pagos na quarta-feira.
O documento da SEC publicado na quinta-feira também confirmou que todas as ações de Ratcliffe no United estão a ser transferidas para a INEOS da Trawlers Ltd, que comprou a participação à família Glazer, sediada nos EUA, que continua a ser a proprietária maioritária do clube.
Com a INEOS agora encarregue das operações futebolísticas do United, Ratcliffe tomou aquilo a que chama "decisões difíceis e impopulares" desde que se tornou coproprietário de um clube que considerava ter-se tornado "medíocre".

Cerca de 250 funcionários deixaram o clube, enquanto o antigo treinador do Manchester United, Alex Ferguson, foi destituído do seu papel de embaixador no clube.
Entretanto, a decisão tomada a meio da época de aumentar os preços dos restantes bilhetes para os jogos em casa para 66 libras (80 euros) por jogo, sem quaisquer concessões para crianças ou reformados, provocou a ira e os protestos dos adeptos do clube.
Mas Ratcliffe, de 72 anos, disse recentemente ao fanzine United We Stand que o clube "precisa de suar cada libra" se quiser voltar às glórias de outrora, com a equipa atualmente a tentar subir do 13.º lugar da tabela da Premier League sob o comando de Ruben Amorim.
"Para levar o Manchester United até onde precisamos de chegar - é um pouco como o país (Grã-Bretanha) - temos de tomar algumas decisões difíceis e impopulares", disse Ratcliffe.
"Se nos esquivarmos às decisões difíceis, nada vai mudar. Não vamos conseguir fazer tudo bem e não vai ser de um dia para o outro, mas não estivemos de braços cruzados durante nove meses. Houve muitas mudanças".
