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Jim Ratcliffe aumenta participação no Manchester United após injeção de capital

Jim Ratcliffe foi fotografado nas bancadas antes do jogo do Man Utd com o rival Man City
Jim Ratcliffe foi fotografado nas bancadas antes do jogo do Man Utd com o rival Man City MICHAEL REGAN / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP

Jim Ratcliffe aumentou a sua participação no Manchester United para quase 29%, depois de completar a injeção de dinheiro que prometeu quando comprou uma participação minoritária no clube da Premier League.

Na véspera de Natal do ano passado, foi anunciado que o bilionário empresário britânico, presidente da empresa de produtos químicos INEOS, tinha chegado a acordo para comprar 25% do clube, incluindo um investimento adicional de 300 milhões de dólares (288, 5 milhões de euros) em infra-estruturas, para além do preço de compra de 1,3 mil milhões de dólares (1,2 mil milhões de euros).

Esse acordo foi ratificado em fevereiro e a Comissão de Títulos e Câmbio dos EUA confirmou que os últimos 100 milhões de dólares (96 milhões de euros) foram pagos na quarta-feira.

O documento da SEC publicado na quinta-feira também confirmou que todas as ações de Ratcliffe no United estão a ser transferidas para a INEOS da Trawlers Ltd, que comprou a participação à família Glazer, sediada nos EUA, que continua a ser a proprietária maioritária do clube.

Com a INEOS agora encarregue das operações futebolísticas do United, Ratcliffe tomou aquilo a que chama "decisões difíceis e impopulares" desde que se tornou coproprietário de um clube que considerava ter-se tornado "medíocre".

Os adeptos do Man Utd protestaram contra o preço dos bilhetes à porta de Old Trafford no início deste mês
Os adeptos do Man Utd protestaram contra o preço dos bilhetes à porta de Old Trafford no início deste mêsALEX LIVESEY / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP

Cerca de 250 funcionários deixaram o clube, enquanto o antigo treinador do Manchester United, Alex Ferguson, foi destituído do seu papel de embaixador no clube.

Entretanto, a decisão tomada a meio da época de aumentar os preços dos restantes bilhetes para os jogos em casa para 66 libras (80 euros) por jogo, sem quaisquer concessões para crianças ou reformados, provocou a ira e os protestos dos adeptos do clube.

Mas Ratcliffe, de 72 anos, disse recentemente ao fanzine United We Stand que o clube "precisa de suar cada libra" se quiser voltar às glórias de outrora, com a equipa atualmente a tentar subir do 13.º lugar da tabela da Premier League sob o comando de Ruben Amorim.

"Para levar o Manchester United até onde precisamos de chegar - é um pouco como o país (Grã-Bretanha) - temos de tomar algumas decisões difíceis e impopulares", disse Ratcliffe.

"Se nos esquivarmos às decisões difíceis, nada vai mudar. Não vamos conseguir fazer tudo bem e não vai ser de um dia para o outro, mas não estivemos de braços cruzados durante nove meses. Houve muitas mudanças".