A estrela de Jude continua a brilhar, e só uma lesão no ombro o impediu de estar totalmente envolvido na época 2025/26 do Real Madrid até ao momento.
Quer ao serviço do clube, quer da seleção, o jovem de 22 anos tornou-se uma peça central e insubstituível, e tendo em conta a sua idade, já construiu um legado notável em tão pouco tempo.
Jobe Bellingham segue os passos de Jude
O internacional inglês foi contratado pelos merengues ao Borussia Dortmund, conhecido por formar jovens talentos, e é precisamente aí que o seu irmão mais novo, Jobe, está atualmente a desenvolver a sua carreira.
No entanto, ao contrário de Jude, Jobe não está a atravessar o melhor momento no Signal Iduna Park.
Depois de ajudar o Sunderland a subir do Championship à Premier League pela primeira vez em oito anos, disputando 43 jogos na época 2024/25, marcando quatro golos e assistindo para mais três, a sua carreira entrou numa fase descendente.
Em sete jogos realizados até agora na época 2025/26 pelo Dortmund, foi titular apenas em dois, somou apenas 212 minutos em campo - o equivalente a cerca de dois jogos e meio - e ainda não marcou nem assistiu.
Questões familiares na origem do mau momento?
Fontes na Alemanha sugerem que o seu rendimento aquém das expectativas não está relacionado com o futebol.
"É evidente para a direção que o Jobe está a lidar com questões pessoais. Tem tido dificuldades em fazer amigos na equipa, raramente sai para conviver em Dortmund e passa a maior parte do tempo sozinho em casa. O ambiente e a tensão familiar estão a refletir-se nas suas exibições em campo" afirmou uma dessas fontes.
“No último jogo a que os pais assistiram, chegaram e saíram sozinhos e não trocaram uma palavra. Há receios de que o Jobe se sinta muito inseguro e pressionado com tudo o que está a acontecer.”
O lado humano raramente é abordado pelos futebolistas, por isso ver questões familiares expostas publicamente pode afetar bastante alguém tão jovem.
Manchester United pronto para aproveitar a situação de Jobe?
Não terá ajudado o facto de o pai de Jobe, Mark Bellingham, ter confrontado o diretor desportivo do Dortmund, Sebastien Kehl, no túnel ao intervalo de um jogo em agosto devido à substituição do filho, o que levou o clube a proibir todos os familiares de acederem à zona do túnel.
Talvez esta instabilidade familiar explique, em parte, o motivo pelo qual o Manchester United já esteja atento ao jovem Bellingham.

Ainda é cedo para falar de valores de transferência e afins, mas percebe-se facilmente porque é que Ruben Amorim poderá querer trazer Jobe de volta ao futebol inglês.
O dinamismo do jovem no meio-campo seria o complemento ideal para o mais criativo e técnico Bruno Fernandes, e a sua capacidade física, tanto com bola como sem ela, seria certamente bem-vinda.
Se há algo que tem caracterizado o United de Amorim, é o facto de ser, na maioria das vezes, demasiado fácil jogar contra esta equipa. Ter um jogador disposto a disputar cada lance, capaz de sair em velocidade e com qualidade de passe é precisamente aquilo que os Red Devils têm vindo a desejar.
Época final brilhante no Sunderland
Na sua última época ao serviço dos Black Cats, Bellingham registou uma impressionante precisão de passe de 85,7%, completando 1454 dos 1697 passes tentados. Este valor subiu para 89,9% nos passes realizados no seu próprio meio-campo.
Do ponto de vista ofensivo, as suas 551 conduções de bola incluíram 88 ocasiões em que realizou 10 ou mais progressões num só jogo, recuperou a posse 158 vezes no terço intermédio do terreno, permitindo lançar novos ataques, e ainda conseguiu ultrapassar o adversário direto em 37 dribles bem-sucedidos.

A precisão de remate de 32,1% e a taxa de conversão de apenas 7,4% são aspetos que podem ser melhorados, mas é legítimo afirmar que nunca foi esse o principal foco do seu jogo.
Os 493 duelos individuais tentados e 168 disputas aéreas demonstram também que é um jogador que não foge à luta no centro do terreno.

Com 79 desarmes tentados, 94 alívios pelo solo, 52 cortes de cabeça e 37 interceções, o mais novo dos Bellingham mostra que segue as pisadas do irmão mais velho no que toca à versatilidade e ao que pode oferecer à equipa em momentos de maior intensidade.
Frustração pode levar a empréstimo em janeiro
É por isso compreensível a frustração por não estar a ter oportunidades sob o comando de Niko Kovac, sem que o treinador ou o clube tenham apresentado uma razão lógica para a sua utilização periférica.
Se nada mudar, um empréstimo em janeiro para Old Trafford poderá ser uma solução interessante para todas as partes. No entanto, Bellingham terá de mostrar serviço desde o primeiro minuto se quiser garantir um contrato definitivo num dos clubes mais históricos do futebol mundial.
