Recorde as incidências do encontro
Com três defesas titulares lesionados, o técnico do Arsenal, Mikel Arteta, foi forçado a recorrer a Lewis-Skelly para ocupar a vaga na defesa, apesar de o jogador ter sido formado como médio.
O Arsenal estava no seu ponto mais baixo da temporada, depois de duas derrotas consecutivas na Taça da Liga e na Taça de Inglaterra, e os Spurs representavam um sério teste, já que a equipa de Ange Postecoglou tem uma média de mais de dois golos por jogo no campeonato.
Lewis-Skelly tornou-se o segundo jogador mais jovem do Arsenal a disputar um clássico contra os Spurs, mas não pareceu intimidado pela ocasião. Em vez disso, abraçou a pressão, já que a temporada do clube poderia estar em jogo se a equipa ficasse ainda mais atrás.
Dois minutos depois do pontapé de saída, Lewis-Skelly mostrou a sua capacidade ofensiva ao fazer uma interceção subida, driblar no meio-campo e quase fazer uma assistência para Raheem Sterling.

O lateral-esquerdo também teve de enfrentar o sueco Dejan Kulusevski, mas mostrou maturidade, compostura e força para lidar com tudo o que os Spurs lançaram pelo seu flanco, e Arteta elogiou o seu desempenho "fenomenal".
"É muito raro ver um jovem de 18 anos, a jogar pela primeira vez contra Kulusevski e (Brennan) Johnson num grande dérbi londrino, atuar com aquela compostura, com aquela atitude e controlo emocional", disse Arteta aos jornalistas.
"Ele deixa todos no clube muito orgulhosos. Ele está no nosso sistema há muito tempo, mas nunca tinha jogado como lateral antes".
Construído em laboratório
Há quatro meses, Lewis-Skelly fez a sua estreia nos descontos de um empate com o Manchester City, onde ficou famoso pelo confronto com Erling Haaland, com o norueguês a não poupar palavras quando perguntou ao jovem quem era.
Mas as suas prestações nos últimos jogos colocaram Lewis-Skelly no mapa e o colega de equipa Declan Rice, que disse que o jogador foi "construído num laboratório", elogiou o seu desempenho na vitória por 2-1.
"Para quem tem 18 anos e está a jogar como ele... é simplesmente ridículo. Os jovens jogadores agora não têm medo, nenhum", disse Rice, acrescentando que Lewis-Skelly poderia jogar pela Inglaterra em breve.
"Quatro ou cinco vezes no segundo tempo ele usou o corpo para fugir de alguém. Ele tem aquela força do tipo Moussa Dembele".
Lewis-Skelly foi aplaudido de pé aos 87 minutos e o jovem encorajou o público da casa a aumentar o volume, com o Arsenal a subir para segundo e a quatro pontos do líder Liverpool para reacender a corrida ao título.
"Estou a sentir todas as emoções possíveis, estou nas nuvens... Era miúdo quando via os dérbis e sei o que significa para os adeptos, é tudo. Hoje, ao vivê-lo, não consigo parar de sorrir", afirmou.
"Este jogo tem um significado maior... Estou feliz por ter ajudado a equipa. O mais importante foi conseguir os três pontos, ganhar ritmo e estou feliz com o meu jogo", concluiu.