Diogo Jota e o seu irmão André Silva morreram quando o Lamborghini em que seguiam saiu da estrada no acidente ocorrido no norte de Espanha a 3 de julho. O avançado português estava de regresso a Inglaterra para iniciar os treinos de pré-época, depois de ter ajudado o Liverpool a conquistar o título da Premier League na época passada.
O último golo de Jota com a camisola do Liverpool foi o decisivo no dérbi de Merseyside contra o Everton, em Anfield, em abril. Numa entrevista concedida poucas semanas antes da sua morte, Jota admitiu que se sentia orgulhoso por poder contribuir para a equipa de Arne Slot ao marcar num jogo tão importante.
"Foi uma época muito difícil para mim, mas estive sempre lá a lutar e pude ajudar a equipa nesse dia e sinto-me orgulhoso do que ainda pude fazer", afirmou no documentário intitulado "Champions 24-25: The Inside Story": "É difícil de descrever. É essa a sensação que procuro quando jogo futebol, é por isso que colocamos toda a nossa vida e todos os nossos esforços em momentos como esse, momentos em que podemos decidir um jogo importante."
Jota, de 28 anos, passou cinco anos no Liverpool, depois de se ter juntado ao Wolves em 2020. Ganhou a Premier League, a Taça de Inglaterra e a Taça da Liga durante o seu tempo em Anfield.
"É algo com que nem sonhava quando era miúdo, queria jogar na Premier League, mas nunca imaginei ganhá-la", disse Jota no documentário sobre o seu sucesso no Liverpool: "Imagens que serão mostradas para sempre. É um feito notável para um rapaz pequeno que veio de Gondomar, onde eu tinha este sonho."
O Liverpool retirou postumamente a sua camisola número 20 e o clube anunciou que Jota será recordado com uma escultura permanente no exterior de Anfield, enquanto um mural da estrela já adorna a parede de um edifício perto do estádio.