O internacional jamaicano, agora livre, diz que não são apenas os jogadores que sofrem, mas também os adeptos dos maiores clubes.
"As pessoas vão adorar ou odiar o que vou dizer, mas vou dizer de qualquer forma", afirmou ao London Evening Standard: "Como jogador, a lealdade no futebol realmente desapareceu. Obviamente, estive no West Ham durante 10 anos, mas isso (a lealdade) já não dura mais, e acho que com razão, porque, no fim de contas, os clubes também já não tratam os jogadores como antigamente. Porque é que o jogador tem de ser leal a um clube? Compreendo ser leal aos adeptos, mas ser leal a um clube quando se vai tentar melhorar a si próprio, melhorar a sua vida e tentar alcançar coisas que não vai conseguir noutro clube".
Michail Antonio acrescentou: "Nós somos carne para eles. Assim que começamos a ficar ultrapassados, é altura de vender ou deitar fora... é tudo uma questão de dinheiro, e quanto dinheiro podem eles gerar para o clube? Se um clube pensa no lado financeiro, porque é que um jogador não há-de pensar? Não é só com os jogadores, é também com os adeptos. Aumentar os bilhetes de época e aumentar tudo o resto à volta torna mais difícil para os adeptos irem aos jogos, mais difícil para os verdadeiros adeptos, porque muitos dos verdadeiros adeptos não ganham assim tanto dinheiro. Quanto mais se aumentam os preços dos bilhetes, mais se impede os adeptos de irem aos jogos."
