Sanson trabalhou com a lenda do Liverpool durante a época 2021/22.
"Com Dean Smith as coisas estavam a correr bem, depois chega Gerrard (novembro de 2021). No início estava tudo bem. Depois apanhei covid, duas vezes. Depois veio uma lesão no quadríceps. Mas o ponto de rutura foi o jogo contra o Manchester United, a 15 de janeiro de 2022, o meu primeiro como titular em muito tempo. Ele disse-me: 'Morgan, mereces estar em campo'. Fiz um bom jogo, mas aos 70 minutos fiz um mau passe que foi intercetado e deu origem ao golo do adversário. Fui substituído logo a seguir. Explodi de raiva: atirei garrafas, pontapeei garrafas de água... um desastre", recordou.
"No final do jogo, Gerrard pediu-me explicações. Digo-lhe que estava desiludido comigo próprio, não com a substituição. Mas percebi que ele não acreditava em mim. No dia seguinte, tentei resolver as coisas com uma conversa direta: Vou ao gabinete dele, explico-lhe tudo, olhando-o nos olhos. Ele pareceu compreender, disse-me: 'És o melhor médio que tenho, só te tirei por causa do erro'. Fiquei contente... mas depois não joguei durante seis semanas. Percebi que eram apenas palavras vazias", acrescentou.
Sanson só voltou a entrar em campo a 26 de fevereiro, contra o Brighton. Mas, a partir desse momento, a relação com Gerrard manteve-se gelada: "A partir de abril, não pus os pés em campo até à chegada de Unai Emery, em novembro. Foi muito difícil".