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Óbito de Diogo Jota: Presidente do Gondomar recorda “maior figura da história do clube”

Diogo Jota e André Silva representaram o Gondomar
Diogo Jota e André Silva representaram o GondomarGondomar SC

O presidente do Gondomar, Álvaro Cerqueira, lamentou profundamente a morte de Diogo Jota, lembrando o antigo internacional português como “a maior figura da história do clube” e um símbolo que se manteve sempre ligado às raízes.

O dirigente recordou que falara com o jogador na véspera do trágico acidente: “Estive a falar com ele ontem às 10 da noite, quando estava em viagem. Recebi hoje a notícia com choque”.

Formado no Gondomar, clube que representou até aos 16 anos, Diogo Jota é recordado como um exemplo para os mais jovens.

“Era uma pessoa que toda a gente gostava. Sempre que vinha a Gondomar passava no clube, gostava de estar com os miúdos. A Academia foi montada para os meninos treinarem e as camisolas têm a fotografia dele ao peito”, destacou Álvaro Cerqueira.

A ligação de Diogo Jota ao clube manteve-se próxima ao longo dos anos, mesmo após a ascensão meteórica no futebol. “Todas as vezes que vinha cá ligava para vir treinar. Chegaram a vir treinadores de lá para cá, por iniciativa dele”, explicou o presidente.

A importância do jogador na história do emblema é visível até na publicação que assinala o centenário do Gondomar. “Temos um livro dos 100 anos e na maior parte das páginas ele está lá. É o símbolo do clube.”

Álvaro Cerqueira recorda o talento precoce que começou a despontar entre os 15 e 16 anos: “Jogava com juvenis e juniores e fazia golos em todos os jogos. Toda a gente dizia para fazer contrato, mas sabíamos que se o fizéssemos ele nunca mais ia sair daqui. Aqui foi o arranque da vida dele.”

Também após a saída para o Paços de Ferreira, o clube continuou a acompanhar com orgulho a carreira de Diogo Jota. “Sempre que ganhava, ligava-lhe. Quando foram campeões na Liga das Nações, tive de lhe mandar mensagem”, revelou ainda.

Álvaro Cerqueira lamenta a perda precoce de um jogador que ainda tinha muito para dar ao futebol e que considera ser a "figura mais importante da história do clube de Gondomar".

“Estava a passar por algumas lesões, mas sabíamos que ele era diferente dos outros. Era bom e marcava quando era preciso. O futebol português perde muito”, disse ainda.

Sobre André, irmão de Diogo Jota, também formado no Gondomar, o dirigente deixou palavras sentidas. “Era diferente do Diogo. Quando chegou aqui, fez um treino e o treinador disse logo que ele ia ser jogador. Teve o azar de ter as lesões que teve”, concluiu.

O futebolista português Diogo Jota, de 28 anos, e o irmão André Silva, de 25, morreram esta madrugada, num acidente de viação na A52, em Cernadilla, Zamora, em Espanha.

Diogo Jota era jogador do Liverpool, que representava há cinco épocas e no qual venceu uma Liga inglesa, uma Taça de Inglaterra e duas Taças da Liga.

Na seleção portuguesa, Diogo Jota somou 49 internacionalizações, tendo conquistado duas Ligas das Nações.

As reações à morte de Diogo Jota e André Silva