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Os Tricky Trees podem consolidar a sua terceira posição na tabela ao conquistarem os três pontos, o que representaria a primeira vitória dupla sobre os Red Devils desde os tempos de Brian Clough, na temporada de 1991/92, a última antes do surgimento da Premier League.
O Forest venceu este mesmo jogo por 2-1 na época passada, e a última vez que conseguiu vencer o Manchester United no City Ground em campeonatos consecutivos foi ainda mais cedo, em 1988/89 e 1989/90.
A equipa de Ruben Amorim procura vencer dois jogos consecutivos para a Premier League pela primeira vez esta época, depois da vitória por 3-0 sobre o Leicester City, e dois triunfos consecutivos fora de casa pela primeira vez desde que conseguiu três vitórias consecutivas em fevereiro de 2024.
Por incrível que pareça, o United é uma das três equipas que ainda não venceram jogos consecutivos na Premier League esta época, juntamente com o Ipswich Town e o Southampton, ameaçados pela despromoção.
A história recente também não é favorável aos Red Devils, que perderam os dois últimos jogos da Premier League contra o Forest, um número superior às derrotas registadas nos 13 jogos anteriores (10 vitórias, 2 empates e 1 derrota).
Além disso, os anfitriões estão invictos nos últimos oito jogos do campeonato em casa, tendo vencido seis deles, o que representa o mesmo número de vitórias que conseguiram nos 24 jogos anteriores no City Ground (6 vitórias, 7 empates e 11 derrotas).
Nuno Espírito Santo recuperou a sua reputação
Para Nuno Espírito Santo, o ano de 2024/25 está a transformar-se numa campanha vintage para ele e para o Forest, ao mesmo tempo que recupera a sua reputação.
A passagem malfadada do treinador de 51 anos pelo Tottenham parecia tê-lo tornado persona non grata em solo inglês, com uma estadia na Liga Saudita no Al-Ittihad a ser a próxima paragem na sua carreira de treinador.
Ao assumir o lugar de Steve Cooper no Forest, Nuno conseguiu manter o clube à tona da água, terminando a época de 2023/24 na 17.ª posição.
Esta época, tanto o treinador como os jogadores mostraram realmente do que são feitos, com destaque para as vitórias fora de casa em Anfield e Old Trafford.
O avançado Chris Wood tem estado numa forma sensacional, e os seus 18 golos e três assistências colocam-no na frente como melhor marcador. No entanto, a sua recente lesão apenas dá-lhe 25% de hipóteses de jogar neste jogo, o que poderá ser uma grande vantagem para o United.
Morgan Gibbs-White também enfrenta um teste de condicionamento físico tardio, já que tenta manter a boa forma e potencialmente dar uma assistência no terceiro jogo consecutivo do Forest. Os únicos jogadores a fazerem isso pelo clube na Premier League são Steve Stone (abril de 1995), Ian Woan (novembro de 1995), o próprio Gibbs-White (abril de 2024) e Anthony Elanga (janeiro de 2025).
Callum Hudson-Odoi é um dos três jogadores com cinco golos (Gibbs-White e Elanga são os outros), dois dos quais foram marcados contra o Liverpool e o Manchester City. É o homem certo para a grande ocasião e um jogador que os seus companheiros de equipa podem procurar para dar algo de especial.
No que diz respeito à casa das máquinas, Elliot Anderson continua a impulsionar a equipa. Os seus 1107 passes são o segundo maior número de passes do plantel do Forest e, com 913 desses passes a atingirem o alvo, tem uma excelente precisão de 82,5%.
As suas 172 recuperações de bola são apenas quatro a menos do que as 176 de Ola Aina, o maior número de um jogador de fora do Forest, portanto, se o United quiser assumir o controlo deste jogo e ganhar pelo menos um ponto, precisa de calar o médio de 22 anos na primeira oportunidade.
O único raio de luz que o United tem é o capitão, Bruno Fernandes. O português continua a liderar a equipa e marcou um golo ou deu uma assistência (3G, 3A) em cada um dos seus últimos quatro jogos na Premier League pelo clube.
No jogo da primeira volta, no início da temporada, ele também acertou a trave numa cobrança de livre.
Os seus 799 passes no último terço são mais do que o dobro do próximo jogador do United na lista (Diogo Dalot, 392), mas a equipa não pode continuar a contar com o jogador de 30 anos para continuar a sair de apuros.
Quando se olha para o plantel como um todo, em termos de passes, a equipa está longe de ser má, com apenas quatro jogadores a descerem abaixo dos 80% de precisão, e dois deles são Marcus Rashford e Altay Bayindir.
Os maus resultados dos avançados precisam de ser resolvidos
Por exemplo, os golos são a moeda de troca de um avançado e já é tempo de Rasmus Hojlund (3 golos em todas as competições), Joshua Zirkzee (5 golos) e Alejandro Garnacho (8 golos) fazerem o seu melhor. Até Rashford marcou seis golos - e deixou o clube a 2 de fevereiro.
Para contextualizar um pouco mais os problemas do United na frente de ataque, Garnacho marcou o seu primeiro golo na Premier League em 17 jogos contra o Leicester, enquanto o golo de Hojlund no mesmo jogo foi o seu primeiro nos últimos 14 jogos na competição.
Garnacho também nunca marcou em jogos consecutivos na primeira divisão inglesa, enquanto Hojlund o fez pela última vez em maio de 2024.
Tanto o argentino quanto o dinamarquês talvez precisem pensar em melhorar o tempo das suas jogadas no útimo terço. Apenas o lesionado Amad Diallo foi apanhado em fora de jogo mais vezes (14) do que as 11 ocasiões de Hojlund e as 10 de Garnacho. O atraso de apenas um segundo pode ser a diferença em termos de golos marcados.
O último empate sem golos neste encontro aconteceu em março de 1988, e apenas cinco jogos entre o United e o Forest terminaram 0-0 desde o primeiro jogo entre ambos em outubro de 1892 (quando o United era conhecido como Newton Heath).
Dado que ambas as equipas tentam, pelo menos, jogar um jogo aberto e expansivo, devemos esperar 90 minutos emocionantes, com o United a forçar o ritmo e o Forest a contra-atacar - algo que tem feito com notável desenvoltura até agora nesta temporada.
Mesmo que o United ganhe, e o faça nos últimos oito jogos, só poderá conquistar um máximo de 54 pontos, o que será o seu pior registo final de pontos na era da Premier League (o recorde atual é de 58 a partir de 2021/22).
Amorim precisa de pelo menos seis vitórias nos últimos nove jogos da época para não terminar a época com o menor número de vitórias desde 1992/93.
Mais três derrotas esta época seriam o maior número de derrotas do United numa campanha da Premier League, pelo que há muito mais do que três pontos em jogo para os Red Devils.
