"É a melhor equipa do mundo neste momento. A maioria dos jogadores está em forma, não há muitas lesões, não há muitas suspensões, tudo está a correr muito bem para eles", diz ao Tribalfootball.com, aceitando o facto de que não se pode ganhar tudo, depois de uma segunda parte monstruosa em St. James' Park.
O empate (3-3) com o Newcastle reduziu a vantagem do clube para sete pontos na tabela, mas Berger ainda está cheio de elogios ao novo técnico Arne Slot.
"Tendo em conta que têm um novo treinador, e que muitos adeptos estavam cépticos quanto ao seu desempenho depois de Jürgen Klopp, tem sido inacreditável até agora. O próprio Slot diz que Jürgen Klopp deixou uma equipa muito, muito boa atrás de si e é óbvio que deixou, porque também acho que estivemos muito bem na época passada. Até março, estávamos em todas as competições e a jogar bem. E, para além do Chiesa, nem sequer compraram ninguém no verão, o que surpreendeu muita gente. Mas parece que ele sabe o que está a fazer. Ele merece um crédito enorme pela situação em que o clube se encontra neste momento."
- Mentalmente, como acha que eles vão proteger a liderança que construíram na Premier League?
- Acho que eles vão fazer o que têm feito desde o início da temporada. Vão continuar a jogar jogo a jogo. Eles próprios sabem que a Premier League e a Liga dos Campeões são competições muito difíceis. A Premier League, em especial, é uma competição muito difícil. A posição em que nos encontramos num determinado momento não significa que vamos estar no final da época. Há tantos jogos para jogar, tantos pontos para disputar. Por isso, está longe de ter acabado. Acho que eles sabem que não se devem deixar levar pela situação em que se encontram. Se alguém lhes tivesse dito, no início da época, que no princípio de dezembro iam ter uma vantagem de sete pontos e que iam ser a melhor equipa da Liga dos Campeões, eles teriam aceitado isso em qualquer altura.
- Depois de ter construído esta vantagem na Premier League e na Liga dos Campeões, como acha que eles vão encarar estes últimos jogos da Liga dos Campeões e as duas competições domésticas a eliminar?
- Não acho que eles vão mudar nada. Penso que vão fazer exatamente o que têm feito desde o início. A época é longa e vê-se que Slot está a rodar um pouco mais do que no início da época, porque são muitos jogos. Obviamente, o período de Natal é um calendário muito, muito difícil. Os jogos são de três em três dias. A Taça de Inglaterra começa logo a seguir à véspera de Ano Novo.
- Se Salah acabar por sair de Anfield, vê algum extremo capaz de o substituir?
- Não. Encontrar alguém como ele, que crie e marque golos, como ele tem feito nos últimos dois anos, é quase impossível. Onde é que há um jogador no mundo, neste momento, que consiga marcar 25 golos e fazer 15 assistências por época? Não creio que haja um jogador assim neste momento. Vê-se que ele está em forma, tem fome de sucesso. Acho que ele pode jogar assim nos próximos dois ou três anos. Facilmente.
- Num mundo perfeito, o Liverpool renovava com Trent Alexander-Arnold, Salah e Virgil van Dijk, mas se um deles tivesse de sair, quem escolheria?
- Se estivermos a falar de um contrato de curto prazo, de dois ou três anos, provavelmente manteria o Virgil e o Salah, porque acho que estes jogadores são muito importantes para nós. Van Dijk pode jogar assim nos próximos três anos, tem sido o melhor defesa-central do mundo e não creio que consigamos encontrar alguém como ele. E se encontrássemos, ele seria muito caro, mais de 100 milhões de euros, facilmente. Mas acho que não há ninguém como ele no mundo e o mesmo se passa com Mo Salah. Por isso, acho que o menos prejudicial para o Liverpool seria a saída de Trent. Não acho que ele seja um jogador tão importante para nós como Van Dijk e Mo Salah.