O Manchester City aproveitou a oportunidade ao vencer facilmente o Sunderland 3-0, regressando ao segundo lugar, ultrapassando o Villa, com apenas três pontos a separar os três primeiros classificados.
A temporada desastrosa do Liverpool atingiu novos patamares negativos, ao desperdiçar por duas vezes a vantagem num empate 3-3 com o Leeds, antes de Mohamed Salah protagonizar uma surpreendente crítica pública ao seu tratamento por parte do treinador Arne Slot.
A AFP Sport destaca três pontos de discussão do fim de semana da Premier League.
Salah alimenta crise no Liverpool
Deixado no banco durante os 99 minutos de jogo em Elland Road, Salah não se conteve ao falar com os jornalistas após o encontro.
O egípcio afirmou que tem sido o bode expiatório para o declínio surpreendente dos campeões da Premier League, depois de ter sido afastado por Slot nos últimos três jogos.
O terceiro melhor marcador da história do Liverpool, com 250 golos, sugeriu ainda que a receção ao Brighton no próximo fim de semana pode ser a sua última aparição em Anfield, com o interesse da Saudi Pro League a surgir novamente antes da janela de transferências de janeiro.
O desabafo de Salah agravou os problemas de Slot, depois de o Liverpool ter sofrido um golo tardio, na sequência de um lance de bola parada, quando Ao Tanaka marcou para o Leeds nos descontos.
O futuro de Slot está agora em risco, após uma série negativa de apenas duas vitórias em 10 jogos da Premier League, e a especulação sobre o que fazer com Salah é mais uma dor de cabeça que o treinador dispensava.
Fragilidades no Arsenal?
O Arsenal tinha uma vantagem de seis pontos no topo antes do último fim de semana, mas agora vê o Manchester City e o Aston Villa a aproximarem-se, após mais um episódio em que não conseguiu vencer um jogo importante fora de casa.
O Villa soma agora nove vitórias nos últimos 10 jogos da Premier League, graças ao golo de Emiliano Buendia nos descontos, que ditou a primeira derrota do Arsenal desde o desaire em Liverpool, em agosto.
Empates entre essas derrotas, frente ao Chelsea e ao Sunderland, significam que a equipa de Mikel Arteta está longe de garantir o título, apesar de ter mostrado qualidade superior até agora.
"Já passaram cinco meses de competição e até agora conseguimos lidar. Mas vamos ter de provar que conseguimos lidar, vez após vez, durante mais seis meses, esse é o nível", afirmou Arteta.
"Se achamos que vamos estar nesta fase com uma vantagem de 10 pontos, estamos a viver noutro mundo".
Depois de terminar em segundo lugar nas últimas três temporadas, duas delas devido a recuperações tardias do City, é compreensível que o Arsenal comece a sentir alguma ansiedade.
Everton sonha com a Europa
O Everton encontra-se numa posição invulgar, ao olhar de cima para o rival Liverpool, depois de subir ao sexto lugar com uma vitória por 3-0 sobre o Nottingham Forest, no regresso de Sean Dyche a Merseyside.
Os Toffees estavam a lutar pela manutenção quando David Moyes substituiu Dyche em janeiro. Mas o regresso de Moyes, juntamente com a nova direção e o novo estádio, trouxe uma nova onda de otimismo ao Everton nos últimos 12 meses.
Na primeira passagem do escocês pelo clube, o futebol europeu era presença habitual em Goodison Park, mas o Everton não se qualifica para competições continentais há sete temporadas.
"Quero que tentemos ser competitivos para a Europa", afirmou Moyes, que vê semelhanças na forma como conduziu o West Ham da luta pela manutenção até à conquista da Liga Conferência.
"No West Ham, evitámos a descida há três ou quatro anos e, no ano seguinte, conseguimos o apuramento para a Europa, por isso é possível".
Inspirado pelo renascido Jack Grealish e pelos golos de Kieran Dewsbury-Hall a partir do meio-campo, o Everton venceu quatro dos últimos cinco jogos e está agora a apenas dois pontos do quarto lugar.