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Em jogo jogado, até é possível equilibrar ou até superiorizar-se a uma equipa como este Arsenal, mas nas bolas paradas a equipa de Mikel Arteta é, sem dúvida, a melhor do mundo e isso voltou a ficar provado frente ao Manchester United.

Tal como tem vindo a fazer desde que chegou a Inglaterra, o treinador português operou várias alterações no onze para a partida com os Gunners, algumas forçadas, como os casos de Lisandro Martínez e Kobbie Mainoo, por castigo, e outras por questões físicas - Shaw voltou a lesionar-se.
Apesar das alterações que forçaram a alterar sobretudo as dinâmicas defensivas, o Manchester United sabia que iria ter dificuldades para lidar com aquele que é, provavelmente, o melhor Arsenal da temporada. Depois das últimas goleadas, os Gunners passaram por outro tipo de dificuldades no Emirates.
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Os primeiros 45 minutos foram de equilíbrio. O Manchester United soube defender-se e até criou uma boa oportunidade perto do intervalo, após incursão de Diogo Dalot pelo lado esquerdo do ataque dos Red Devils.
Quanto ao Arsenal, apenas de bola parada a equipa de Arteta foi conseguindo ameaçar a baliza de Onana, mas quando nos referimos aos londrinos isso é dizer muito. É que este Arsenal é, literalmente, uma equipa a ser estudada neste aspeto decisivo de um jogo de futebol.

Ao intervalo, Amorim começou a refrescar a equipa, que tem vários jogadores a regressar de lesão. Malacia foi pela primeira vez titular na Premier League desde maio de 2023 e ficou no banco na segunda parte, dando o lugar a Diallo, mas o jogo não mudou muito nos primeiros minutos.
Depois das ameaças na primeira parte, o Arsenal marcou mesmo. Jurrien Timber (53') estreou-se a marcar pela equipa inglesa. Como? Na sequência de um pontapé de canto batido por Declan Rice, pois claro.
Apesar de reconhecer que ainda faltam armas ao United, com a margem mínima no marcador e meia hora de jogo pela frente, o antigo treinador do Sporting tentou refrescar a equipa e procurar o objetivo mínimo. Rashford e Hojlund foram a jogo, mas a melhor ocasião até pertenceu a De Ligt, que quase fez o empate de cabeça, depois de um livre cobrado por Bruno Fernandes (66').
Só que antes disso, o Arsenal já tinha ameaçado uma vez mais de canto. Ugarte tirou em cima da linha para evitar o 2-0, mas nova cobrança minutos mais tarde, desta vez da direita, deu ao Arsenal o segundo golo que permitiu aos Gunners controlar definitivamente a partida. Com alguma sorte à mistura, Saliba (73') desviou com as costas o cabeceamento de Saka e a equipa de Arteta conseguiu aproximar-se do Liverpool, que empatou (3-3) no terreno do Newcastle.
Quanto ao United e Ruben Amorim, a primeira derrota chegou de forma natural, mas as dores de crescimento também passam por dias como este - e os pontapés de canto do Arsenal são realmente impressionantes.
