Arsenal 2-0 Brentford
Mikel Arteta optou por poupar vários jogadores importantes para o início de uma agenda preenchida em dezembro, mas bastaram apenas 11 minutos para os gunners inaugurarem o marcador, com dois jogadores a combinarem para criar o golo.

Um toque inteligente de Noni Madueke deixou Ben White com espaço na linha de fundo e o cruzamento para a área encontrou o melhor marcador do Arsenal em todas as competições, Mikel Merino, que cabeceou para o fundo das redes. Madueke encontrou depois espaço para um remate à boca da baliza que foi defendido por Caoimhin Kelleher, antes do Brentford reagir com um bom momento, em que David Raya foi obrigado a desviar para a barra um cabeceamento de Kevin Schade após um canto. Uma enorme defesa.
O Brentford tinha encontrado um ponto de equilíbrio na partida, mas os anfitriões mantiveram-se ameaçadores até ao intervalo, com Rico Henry a fazer intervenções vitais para negar duas hipóteses a Madueke em rápida sucessão. O ímpeto estava claramente com o Brentford após o reatamento, e a tensão no Emirates aumentava com a entrada em campo do segundo melhor marcador da Premier League, Igor Thiago, numa tripla substituição.
Arteta não demorou a responder, colocando em campo Eberechi Eze e Bukayo Saka, enquanto o Arsenal crescia na segunda etapa. Riccardo Calafiori e Rice obrigaram Kelleher a fazer defesas difíceis com remates de longa distância, sendo que o último quase resultou no segundo golo do jogo, mas Merino, no remate seguinte, falhou o remate ao tentar ajustar-se.
Os gunners continuaram a pressionar, com Kelleher a defender o remates de Calafiori e a recolher a recarga fraca de Saka. Pouco depois, o suplente redimiu-se, mantendo-se em posição legal, e rematou com força para o fundo das redes, sem hipótese para o guarda-redes, cuja palmade não conseguiu impedir que a bola lhe escapasse.
A vitória restabeleceu a vantagem de cinco pontos do Arsenal na liderança da Premier League, tendo ainda apenas uma derrota na liga (10 vitórias, 3 empates) e deixa o Brentford a meio da tabela, tendo perdido 20 dos últimos 24 dérbis londrinos na Premier League (6 empates, 13 derrotas).
Wolves 0-1 Nottingham
Com apenas dois pontos conquistados em 13 jogos, os Wolves entraram em campo com Toti Gomes a capitão e como uma das três equipas das cinco principais ligas europeias que ainda não tinham vencido esta temporada. Como seria de esperar, os visitantes começaram a pressionar no Molineux, com Igor Jesus e Dan Ndoye a cabecearem para fora quando estavam bem posicionados na área.

Ansiosos por ampliar o domínio da primeira meia hora, os Tricky Trees continuaram à procura do golo da vitória nos minutos finais. No entanto, apesar da posse de bola no último terço do terreno, as ocasiões claras de golo foram escassas para a equipa de Sean Dyche, com um golo de cabeça de Jesus à queima-roupa anulado por fora de jogo de Ndoye.
Gratos por ainda estarem empatados, os Wolves melhoraram após o intervalo e deveriam ter inaugurado o marcador, não fosse o cabeceamento desperdiçodo de Jhon Arias a curta distância. O alívio reacendeu a esperança dos visitantes, com Neco Williams a ter um livre espetacularmente defendido por Sam Johnstone, que também negou uma oportunidade a Omari Hutchinson pouco depois. Sem se abalar, a pressão do Forest deu finalmente frutos aos 72 minutos, quando o cruzamento certeiro de Hutchinson encontrou Jesus, que se antecipou a Johnston na disputa pela bola e cabeceou para o fundo das redes, marcando o seu primeiro golo na Premier League.
À beira da oitava derrota consecutiva, a equipa de Rob Edwards procurou aumentar a pressão em busca do empate nos minutos finais. O suplente Matheus Mané rematou fraco para fora, de uma posição promissora, antes de Marshall Munetsi ter um remate fraco defendido com tranquilidade por Matz Sels.
No final, foi o Forest que se manteve firme para garantir a terceira vitória em quatro jogos da Premier League, enquanto a série sem vitórias do Wolves em casa se estende para nove jogos (2 empates, 7 derrotas), com apenas dois pontos e já a larga distância da salvação.
Burnley 0-1 Crystal Palace
A meio de uma sequência de derrotas, havia uma certa pressão sobre o Burnley para começar a recuperar rapidamente e evitar a zona de despromoção. Começaram bem no Turf Moor, mas, como tem sido comum esta época, foram eles que concederam a primeira grande oportunidade do jogo. Jean-Philippe Mateta foi mais forte na contenda com Hjalmar Ekdal, afastando-o dentro da área antes de disparar um remate forte que obrigou Martin Dúbravka a uma boa defesa. Os clarets responderam ao testar Dean Henderson no outro çado do campo, com um remate colocado de Jaidon Anthony a obrigar o guarda-redes do Palace a esticar-se e a enviar a bola para longe.

Os comandados de Scott Parker sentiram-se um pouco prejudicados a 10 minutos do intervalo, quando Anthony caiu após uma dividida com Chris Richards dentro da área, mas nem o árbitro nem o VAR assinalaram nada. A situação doeu um pouco mais quando o Palace abriu o marcador nos descontos da primeira parte. O cruzamento de Marc Guéhi para o segundo poste foi perigoso, e Daniel Muñoz, ao desmarcar-se, teve apenas o trabalho de cabecear para o outro lado da baliza, no canto contrário.
A entrada de Jacob Bruun Larsen ao intervalo mostrou o quão insatisfeito Parker estava com a sua equipa, mas a alteração não pareceu ser o que o Burnley precisava para voltar ao jogo. Os clarets tiveram a sorte de ainda estarem na partida, depois de Mateta ter ficado com a baliza à frente e ter o seu remate defendido por uma espetacular intervenção de Dúbravka. Os momentos de ânimo foram fugazes para os anfitriões, mas criaram algo do nada, quando Bruun Larsen acertou na trave de perto.
Este foi um dos poucos momentos promissores para o Burnley, que pareceu completamente sem ideias no último terço do terreno, o que começa a refletir cada vez mais o desempenho de Scott Parker, que luta agora para manter o seu emprego. A vitória não foi uma grande surpresa para o Palace, que perdeu agora apenas um dos últimos 18 jogos contra adversários recém-promovidos na Premier League e provou mais uma vez porque está na luta por lugares nas competições europeias.
Brighton 3-4 Aston Villa
Os visitantes foram abalados por uma lesão no aquecimento do guarda-redes titular Emi Martínez, com Marco Bizot a entrar em campo para apenas o seu terceiro jogo como titular na Premier League. Aos 34 anos, chumbou no seu primeiro grande teste ao falhar a saída a um canto aos nove minutos, permitindo a Jan Paul van Hecke cabecear para o fundo das redes, marcando apenas o seu segundo golo pelo Brighton.

Mas longe de reagir imediatamente, a equipa sofreu o segundo golo pouco antes da meia hora. Jack Hinshelwood recebeu um passe em profundidade e o seu cruzamento desviou em Pau Torres e passou por Bizot, resultando num infeliz autogolo... mas o ímpeto da partida estava prestes a mudar drasticamente.
O Villa reduziu o marcador a oito minutos do intervalo, quando Ollie Watkins, corajosamente, deslizou no meio da multidão na pequena área, aproveitando o cruzamento rasteiro de Ian Maatsen. Ezri Konsa cabeceou à trave nos descontos – e ainda houve tempo para o quarto golo de uma primeira parte eletrizante. Watkins recebeu um lançamento longo e rematou rasteiro, sem hipóteses para Bart Verbruggen.
Estes dois golos colocaram o Villa por cima, e a equipa completou a reviravolta aos 60 minutos. Matty Cash bateu um canto longo para o segundo poste e Amadou Onana cabeceou para a baliza, mesmo em frente aos adeptos visitantes, levando a bancada ao delírio no setor adversário. Lewis Dunk quase marcou na própria baliza após cruzamento de Evann Guessand no seu 500.º jogo pelo Brighton, mas a defesa de Verbruggen salvou o capitão dos seagulls.
O Aston Villa continuou a pressionar e o quarto golo chegou a 12 minutos do final, quando Donyell Malen – que tinha entrado em campo apenas 25 segundos antes – empurrou a bola para o fundo das redes depois de Verbruggen travar o cabeceamento de Guessand. No entanto, a partida não tinha terminado, já que Van Hecke marcou num belo remate colocado à entrada da área a sete minutos do final, preparando um final emocionante. Bizot fez uma defesa brilhante ao cabeceamento de Danny Welbeck nos descontos, mas esta foi a melhor chance do Brighton, que sofreu a primeira derrota em casa na liga esta época.
