Manchester City 1-2 Manchester United
Um dérbi é um dérbi, mas há dérbis mais importantes do que outros. Manchester City e Manchester United, por motivos bem distintos, precisavam de somar três pontos naquele que foi o primeiro dérbi de Ruben Amorim na Premier League.

O treinador português deu uma prova das suas intenções, não propriamente as da partida em si, mas do que quer do plantel, ao riscar Rashford e Garnacho para o jogo no Ettihad, mesmo que isso significasse entrar com menos opções ofensivas para defrontar um City debilitado, com Matheus Nunes a fazer a posição de lateral esquerdo.
Apesar das baixas, os Red Devils até tiveram uma entrada positiva na partida. Sem remates à baliza de Ederson, é certo, até porque isso só aconteceu mesmo na segunda parte, mas com mais bola do que a equipa de Guardiola e até a conseguir encontrar espaço nos flancos, com Dalot, novamente adaptado à esquerda, a desperdiçar duas jogadas de ataque com cruzamentos sem destinatário.
Junto à linha lateral, Guardiola dava sinais de maior nervosismo do que Ruben Amorim, que recebeu uma má notícia quando Mason Mount voltou a sair lesionado. O Manchester City não estava a fazer um bom jogo, mas a verdade é que este estaria a ser dos piores dérbis dos últimos anos.

O momento das equipas sentia-se, por isso não foi surpreendente que o golo que abriu o marcador surgisse num lance algo fortuito. O Manchester United voltou a vacilar na bola parada e um desvio após cruzamento de Kevin De Bruyne encontrou a cabeça de Gvardiol (36').
A primeira parte não deixou propriamente saudades, embora os jogadores das duas equipas fizessem questão de trazer alguma emotividade a este dérbi pouco salgado com algumas quezílias antes do intervalo, que acabaram apenas por resultar na tradicional divisão de cartões - Walker e Hojlund foram os contemplados.

A verdade é que a segunda parte não foi consideravelmente melhor. O Manchester City mostrou uma vez mais o seu estado anímico e deu primazia à defesa do resultado, enquanto ao United faltaram ideias e opções para ameaçar a baliza de Ederson, obrigado a defender a frio o primeiro remate da equipa de Amorim à baliza - Diallo (60') cabeceou para boa defesa do internacional brasileiro, que regressou ao onze para a Premier League.

Não foi uma melhoria considerável, mas o sinal foi dado e a melhor ocasião pertenceu a Bruno Fernandes (74'), que foi bem servido por Hojlund e, no cara a cara com Ederson, atirou ao lado.
De arranhar os cabelos (ou a falta deles)
O dérbi de Manchester estava sem sabor, mas pode dizer-se que o melhor foi guardado para a sobremesa. Um penálti escusado de Matheus Nunes sobre Diallo alimentou a fome da equipa de Ruben Amorim, que chegou ao empate por Bruno Fernandes (88').
Guardiola ainda estava a arranhar a cabeça depois do erro de Matheus Nunes quando Diallo (90') voltou a aparecer na grande área, desta vez para consumar uma reviravolta de dois minutos correspondendo da melhor maneira ao passe perfeito de Lisandro Martínez. Scenes!
Brighton 1-3 Crystal Palace
As duas equipas entraram mal, com muitas faltas insignificantes que foram travando o ritmo da partida. O Brighton começou logo a dominar a posse de bola, mas raramente ameaçou a baliza de Dean Henderson. A primeira oportunidade só surgiu aos 27 minutos, e serviu para inaugurar o marcador quando Will Hughes levantou um canto para a área, mas a equipa da casa não conseguiu afastar, permitindo a Trevoh Chalobah finalizar.

Depois do primeiro, parecia que a torneira dos golos estava aberta para o Palace. Bart Vergbruggen ainda segurou os anfitriões, mas pouco pôde fazer para evitar o segundo minutos depois, quando Tyrick Mitchell cruzou para o segundo poste, onde Sarr correu para cabecear e fazer o 2-0 antes do intervalo.
Fabian Hürzeler mexeu na segunda parte para tentar reentrar na partida e Mitoma ainda teve uma boa ocasião, mas Lacroix evitou o pior. O Brighton bombardeava a área dos Eagles, obrigando Henderson a uma defesa brilhante para negar Lewis Dunk e, depois, brilhou ainda mais para travar o remate de Enciso. Enquanto a pressão aumentava, Sarr roubou a bola a Dunk e passou por Verbruggen, garantindo os três pontos.
Os Seagulls ainda reduziram com através de um golo na própria de Marc Guéhi, já perto do fim.
