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Premier League: Dois minutos épicos dão vitória a Amorim no dérbi de Manchester (1-2)

Atualizado
Bruno Fernandes marcou de penálti
Bruno Fernandes marcou de penáltiPAUL ELLIS/AFP
Dois minutos de sonho para o Manchester United e Ruben Amorim, dois minutos de pesadelo para o Manchester City, Guardiola e Matheus Nunes. Os Red Devils estiveram a perder depois de um golo de Gvardiol (36'), mas deram a volta na reta final. Bruno Fernandes (88') marcou de penálti e Diallo (90') deu o primeiro triunfo ao treinador português no dérbi de Manchester.

Manchester City 1-2 Manchester United

Um dérbi é um dérbi, mas há dérbis mais importantes do que outros. Manchester City e Manchester United, por motivos bem distintos, precisavam de somar três pontos naquele que foi o primeiro dérbi de Ruben Amorim na Premier League.

As pontuações dos jogadores
As pontuações dos jogadoresFlashscore

O treinador português deu uma prova das suas intenções, não propriamente as da partida em si, mas do que quer do plantel, ao riscar Rashford e Garnacho para o jogo no Ettihad, mesmo que isso significasse entrar com menos opções ofensivas para defrontar um City debilitado, com Matheus Nunes a fazer a posição de lateral esquerdo.

Apesar das baixas, os Red Devils até tiveram uma entrada positiva na partida. Sem remates à baliza de Ederson, é certo, até porque isso só aconteceu mesmo na segunda parte, mas com mais bola do que a equipa de Guardiola e até a conseguir encontrar espaço nos flancos, com Dalot, novamente adaptado à esquerda, a desperdiçar duas jogadas de ataque com cruzamentos sem destinatário.

Junto à linha lateral, Guardiola dava sinais de maior nervosismo do que Ruben Amorim, que recebeu uma má notícia quando Mason Mount voltou a sair lesionado. O Manchester City não estava a fazer um bom jogo, mas a verdade é que este estaria a ser dos piores dérbis dos últimos anos.

As estatísticas ao intervalo do encontro
As estatísticas ao intervalo do encontroOpta by Stats Perform

O momento das equipas sentia-se, por isso não foi surpreendente que o golo que abriu o marcador surgisse num lance algo fortuito. O Manchester United voltou a vacilar na bola parada e um desvio após cruzamento de Kevin De Bruyne encontrou a cabeça de Gvardiol (36').

A primeira parte não deixou propriamente saudades, embora os jogadores das duas equipas fizessem questão de trazer alguma emotividade a este dérbi pouco salgado com algumas quezílias antes do intervalo, que acabaram apenas por resultar na tradicional divisão de cartões - Walker e Hojlund foram os contemplados.

O mapa de passes do Manchester United
O mapa de passes do Manchester UnitedPAUL ELLIS/AFP/OPTA BY STATS PERFORM

A verdade é que a segunda parte não foi consideravelmente melhor. O Manchester City mostrou uma vez mais o seu estado anímico e deu primazia à defesa do resultado, enquanto ao United faltaram ideias e opções para ameaçar a baliza de Ederson, obrigado a defender a frio o primeiro remate da equipa de Amorim à baliza - Diallo (60') cabeceou para boa defesa do internacional brasileiro, que regressou ao onze para a Premier League.

As estatísticas do final da partida
As estatísticas do final da partidaOpta by Stats Perform

Não foi uma melhoria considerável, mas o sinal foi dado e a melhor ocasião pertenceu a Bruno Fernandes (74'), que foi bem servido por Hojlund e, no cara a cara com Ederson, atirou ao lado.

De arranhar os cabelos (ou a falta deles)

O dérbi de Manchester estava sem sabor, mas pode dizer-se que o melhor foi guardado para a sobremesa. Um penálti escusado de Matheus Nunes sobre Diallo alimentou a fome da equipa de Ruben Amorim, que chegou ao empate por Bruno Fernandes (88').

Guardiola ainda estava a arranhar a cabeça depois do erro de Matheus Nunes quando Diallo (90') voltou a aparecer na grande área, desta vez para consumar uma reviravolta de dois minutos correspondendo da melhor maneira ao passe perfeito de Lisandro Martínez. Scenes!

Brighton 1-3 Crystal Palace

As duas equipas entraram mal, com muitas faltas insignificantes que foram travando o ritmo da partida. O Brighton começou logo a dominar a posse de bola, mas raramente ameaçou a baliza de Dean Henderson. A primeira oportunidade só surgiu aos 27 minutos, e serviu para inaugurar o marcador quando Will Hughes levantou um canto para a área, mas a equipa da casa não conseguiu afastar, permitindo a Trevoh Chalobah finalizar.

Pontuações dos jogadores
Pontuações dos jogadoresFlashscore

Depois do primeiro, parecia que a torneira dos golos estava aberta para o Palace. Bart Vergbruggen ainda segurou os anfitriões, mas pouco pôde fazer para evitar o segundo minutos depois, quando Tyrick Mitchell cruzou para o segundo poste, onde Sarr correu para cabecear e fazer o 2-0 antes do intervalo.

Fabian Hürzeler mexeu na segunda parte para tentar reentrar na partida e Mitoma ainda teve uma boa ocasião, mas Lacroix evitou o pior. O Brighton bombardeava a área dos Eagles, obrigando Henderson a uma defesa brilhante para negar Lewis Dunk e, depois, brilhou ainda mais para travar o remate de Enciso. Enquanto a pressão aumentava, Sarr roubou a bola a Dunk e passou por Verbruggen, garantindo os três pontos.

Os Seagulls ainda reduziram com através de um golo na própria de Marc Guéhi, já perto do fim. 

Estatísticas da partida
Estatísticas da partidaOpta by StatsPerform