Manchester City 2-0 Everton
Com Rúben Dias e Matheus Nunes no onze - Bernardo Silva começou no banco -, o City de Guardiola visitou o Everton, com Beto a titular, para tentar conquistar a terceira vitória consecutiva e pressionar o comboio de líderes da Premier League. O jogo começou com boas dinâmicas, com o médio português em evidência e o avançado guineense a ficar a centímetros do golo inaugural.

O jogo continuou em modo de parada e resposta até ao descanso, embora os visitantes tenham somado mais e melhores oportunidades, nomeadamente num cabeceamento à trave e um contra-ataque concluído por Doku contra o corpo de Pickford. Já Gianluigi Donnarumma ficou com as mãos a arder ao travar um remate forte de Ndiaye, segurando o nulo ao intervalo.
No reatamento, o Everton voltou com mais confiança para dividir os pontos e talvez até procurar algo mais. Porém, aos 58 minutos, Phil Foden descobriu a desmarcação de Nico O'Reilly sobre a esquerda, o jovem levantou em balão para a área, onde apareceu Erling Haaland a cabecear para o primeiro da partida. O andróide marcou pelo 11.º jogo consecutivo, no melhor arranque de temporada da sua carreira.
Guardiola iniciou logo a gestão, com a entrada de Bernardo Silva e Oscar Bobb, embora os toffees tenham respondido bem à desvantagem, criando desde logo uma boa chance para chegar ao empate e ainda com pedidos de penálti. O árbitro mandou jogar e, no seguimento do lance, Foden voltou a abrir o jogo para a Savinho, o brasileiro fez um passe atrasado para o remate fraco de Haaland, mas a bola desviou ligeiramente em Tarkowski e traiu Pickford, permitindo o bis do avançado norueguês.
Até ao apito final, os citizens limitaram-se a gerir a vantagem e a condição física antes da visita a Villarreal, para a Liga dos Campeões. Ainda assim, em tempo de descontos, Haaland desperdiçou três boas oportunidades para faer o hat-trick. Com este resultado, os skyblues igualam o primeiro classificado Arsenal, à condição, enquanto o Everton continua no 10.º posto.
Sunderland 2-0 Wolves
Vítor Pereira está cada vez mais sobre pressão no Wolverhampton depois de dois empates e cinco derrotas no arranque da temporada e apostou em Rodrigo Gomes no onze para visitar o recém-promovido Sunderland. Conhecidos pelos arranques lentos nesta temporada, tendo marcado apenas uma vez antes do intervalo, os Black Cats deixaram essas dificuldades para trás, entrando rapidamente no ritmo.

Wilson Isidor marcou de forma categórica ao primeiro poste nos minutos iniciais, mas o golo foi anulado. No entanto, os locais rapidamente colheram os frutos do seu bom início, inaugurando o marcador aos 16 minutos. Os laterais Nordi Mukiele e Trai Hume combinaram de forma brilhante, trocando passes rápidos antes de Mukiele finalizar com classe para o seu primeiro golo pelo clube.
Os Black Cats mantiveram o controlo do encontro e podiam ter ampliado a vantagem antes da meia hora. Um lançamento longo de Mukiele foi desviado por Dan Ballard e caiu para Hume, mas o seu cabeceamento em mergulho passou rente ao poste. As tentativas dos Wolves de equilibrar o jogo esbarraram numa defesa do Sunderland muito sólida, que anulou os poucos remates adversários.
A equipa de Vítor Pereira melhorou após o intervalo, mas o treinador português mostrava-se frustrado na linha lateral, ao ver a sua equipa desperdiçar as poucas oportunidades criadas. A falta de eficácia no último terço foi evidente, com o suplente Tolu Arokodare a desperdiçar uma rara ocasião nos minutos finais, ilustrando uma segunda parte pobre, sem qualidade junto das balizas.
Esse cenário favoreceu o Sunderland, que selou o triunfo já perto do fim, quando o defesa Ladislav Krejci desviou inadvertidamente a bola para a própria baliza ao tentar intercetar. Embora não tenha sido a exibição mais completa dos 90 minutos por parte da equipa de Régis Le Bris, os adeptos ficam certamente satisfeitos com o registo em casa, somando 10 pontos nas primeiras quatro partidas caseiras, algo que não acontecia desde 1968/69. Os Wolves, por sua vez, continuam na última posição da tabela, sendo a única equipa que ainda não venceu no campeonato.
Crystal Palace 3-3 Bournemouth
Nenhum clube da PL tinha um registo ao intervalo melhor do que a equipa de Oliver Glasner antes deste encontro, mas em apenas sete minutos, os Eagles já estavam em desvantagem. Na ausência de Evanilson, o melhor marcador da Ligue 2 da época passada, Eli Junior Kroupi, estava no sítio certo para desviar para a baliza após um canto, aproveitando o mau corte defensivo de cabeça de Mateta junto ao primeiro poste.

A primeira parte, cheia de ação, continuou após o golo inaugural, com Mateta a tentar redimir-se, cabeceando ao lado um excelente passe longo de Yéremy Pino. Sem conseguir finalizar com eficácia, o Palace acabou por ser penalizado, com Kroupi a bisar na sua estreia a titular, aproveitando uma intervenção falhada de Marc Guéhi para colocar a sua equipa com dois golos de vantagem.
Depois de ter assinalado a sua estreia pela seleção principal de França com um golo durante a pausa internacional, Mateta voltou a ser travado à boca da baliza mesmo antes do intervalo, deixando os Eagles com uma tarefa difícil para a segunda parte. No entanto, os anfitriões precisaram de apenas cinco minutos para chegar ao empate. O primeiro golo foi inicialmente anulado por fora de jogo, mas após verificação do VAR, o primeiro golo de Mateta em casa na liga esta época foi validado, com o francês a finalizar o cruzamento tenso de Daniel Muñoz.
Os mesmos jogadores voltaram a combinar aos 69 minutos, com Mateta a aparecer ao segundo poste para marcar o seu segundo da tarde. Selhurst Park estava ao rubro nesta fase, e os Eagles dominavam por completo, pressionando em busca de mais um, quase passando para a frente através de um golo anulado a Eddie Nketiah por fora de jogo.
O encontro de cortar a respiração não dava sinais de abrandar e, aos 89 minutos, o Bournemouth voltou a gelar os adeptos do Palace ao recuperar a vantagem por intermédio de Christie, que apareceu na área para marcar o seu quarto golo na PL após um passe atrasado de Ben Gannon-Doak
De forma incrível, ainda houve tempo para mais um momento decisivo nos descontos, com Mateta a completar um hat-trick dramático de penálti, depois de Bafodé Diakité ter derrubado Guéhi na área.
Surpreendentemente, Mateta ainda desperdiçou uma oportunidade de ouro para dar a vitória ao Palace nos instantes finais, obrigando a equipa a contentar-se com um ponto após uma excelente exibição na segunda parte. Por sua vez, o Bournemouth soma agora sete jogos consecutivos sem perder na liga, subindo à quarta posição, mas falhando a hipótese de, pelo menos temporariamente, liderar a classificação.
Burnley 2-0 Leeds
Depois de um início de temporada extremamente complicado devido à qualidade dos adversários enfrentados, havia grande pressão sobre o Burnley para aproveitar um jogo teoricamente mais acessível. O início foi algo morno, como seria de esperar dada a importância do encontro, mas a equipa da casa foi a primeira a estabilizar e a assumir o controlo. Após um lançamento lateral longo de Kyle Walker, a defesa do Leeds aliviou mal a bola, que regressou aos pés do ex-jogador do Manchester City; este cruzou novamente com precisão milimétrica para a cabeça de Lesley Ugochukwu, que marcou o seu segundo golo consecutivo.

O Leeds teve poucas oportunidades na primeira parte, mas quase empatou após um erro dos anfitriões. Um passe falhado de Jaidon Anthony foi interceptado por Jack Harrison, que isolou Brenden Aaronson, mas o guarda-redes Martin Dúbravka fez uma defesa notável, desviando a bola para o poste. O Burnley chegou assim ao intervalo em vantagem, algo inédito para a equipa nesta temporada da Premier League.
Os Whites, que não tinham conseguido marcar ao Burnley nos dois confrontos da época anterior, voltaram a desperdiçar uma excelente oportunidade perto da hora de jogo: Sean Longstaff cruzou com precisão para o segundo poste, mas Harrison rematou mal e viu a bola subir por cima da barra.
Esses falhanços custaram caro pouco depois, de forma implacável. Loum Tchaouna assinou um verdadeiro golaço de fora da área, um remate poderoso a cerca de 30 metros que deixou Karl Darlow sem hipótese, entrando direto no ângulo superior da baliza. Mesmo a perder por dois golos, o Leeds manteve a postura ofensiva e continuou a criar perigo, com Lukas Nmecha a desperdiçar talvez a melhor ocasião, ao cabecear por cima a curta distância.
Brighton 2-1 Newcastle
De regresso ao Amex Stadium pela primeira vez em quase um mês, o Brighton sentia-se novamente confortável no seu reduto, onde tinha perdido apenas um dos últimos 11 jogos da Premier League. Já a equipa de Eddie Howe tem enfrentado dificuldades nas deslocações, embora tenha começado bem a partida. Logo aos seis minutos, Bruno Guimarães esteve muito perto de inaugurar o marcador com um remate dentro da área que passou rente ao poste direito.

Os anfitriões foram, contudo, a equipa mais forte na primeira parte e estiveram perto do golo aos 20 minutos, quando um remate de Georginio Rutter à entrada da área parecia destinado ao canto inferior direito, não fosse a intervenção decisiva de Nick Pope. O Brighton manteve a pressão e acabou recompensado quatro minutos antes do intervalo: Rutter descobriu Danny Welbeck com um passe em profundidade, e o avançado picou a bola por cima de Pope, inaugurando o marcador com classe.
Os Seagulls podiam ter ampliado a vantagem pouco depois do intervalo, quando Yankuba Minteh assistiu Yasin Ayari, mas o sueco rematou ligeiramente ao lado do poste direito.
A percentagem de vitórias do Newcastle frente ao Brighton — apenas 13% antes do pontapé de saída — reforçava a sensação de que este não seria o seu dia. Ainda assim, os visitantes encontraram um momento de alegria a 15 minutos do fim, quando Nick Woltemade empatou com um belo toque de primeira dentro da área.
Com o ímpeto do empate, os Magpies podiam ter acreditado na reviravolta, mas foi o Brighton quem acabou por garantir os três pontos a seis minutos do final. Welbeck aproveitou uma bola solta à entrada da área e rematou colocado para o canto inferior esquerdo, selando a vitória que faz o Brighton subir três lugares, para nono, enquanto o Newcastle desce para 12.º, continuando o seu arranque irregular na temporada.