Nottingham Forest 2-1 Aston Villa
Começam a faltar palavras para a época impressionante do Nottingham Forest, orientado pelo português Nuno Espírito Santo, que conseguiu uma reviravolta caseira frente ao europeu Aston Villa, com os dois golos a serem alcançados na reta final da partida para ultrapassar, de forma provisória, o Manchester City na tabela da Premier League.

A primeira parte não deixou propriamente saudades, uma vez que ao todo houve apenas um remate à baliza e pertenceu ao Aston Villa, sem perigo para Matz Sells. Mas a segunda parte animou e de que maneira as bancadas do City Ground.

A emoção começou nas luvas do argentino Emiliano Martínez, que justificou o prémio de guarda-redes do ano com, muito provavelmente, a defesa do ano, negando o 1-0 a Nicolas Dominguez com uma defesa espetacular.
Logo no lance seguinte, tudo correu bem ao Aston Villa. McGinn encontrou a cabeça de Jhon Duran (63'), que finalizou de forma poderosa para deixar a equipa de Unai Emery em vantagem.
Em desvantagem, Nuno Espírito Santo reagiu e encontrou no banco a solução para os problemas que tinham aparecido quando Aston Villa chegou à vantagem. Chris Wood ainda teve um golo anulado por fora de jogo, após longa revisão do VAR, mas isso não impediu os seis minutos de sonho do Forest.
Milenkovic (87') respondeu de cabeça ao cruzamento perfeito de Morgan Gibbs-White e Anthony Elanga saiu do banco para fazer, aos 90'+3, a reviravolta nos descontos, depois de uma sucessão de erros da defesa do Aston Villa.
Liverpool 2-2 Fulham
Apesar de não ter disputado a última jornada devido às condições climatéricas, o Liverpool subiu ao relvado como líder para enfrentar a turma de Marco Silva que, apesar da inconsistência, estava tranquilo no 10.º lugar a meros três pontos da quinta posição e na última jornada travou o Arsenal (1-1).

O duelo começou quentinho com três amarelos nos primeiros 10 minutos, até que, aos 11', Robinson teve espaço e tempo para armar um cruzamento que atravessou toda a área e encontrou Andreas Pereira sozinho ao segundo poste e o brasileiro, com um remate acrobático, deitou um balde de água gelada sobre as bancadas de Anfield.
A organização e competência dos Cottagers estava a frustar os Reds, que ficaram com a tarefa ainda mais complicada quando Robertson errou por duas vezes ao receber mal o esférico e depois a ceifar Harry Wilson que seguia isolado para a baliza, vendo o cartão vermelho direto. Wilson ainda ameaçou na cobrança do livre, que saiu perto da trave, sendo que, até ao descanso, o Liverpool não deu muito trabalho a Leno.
Dois minutos depois do reatamento, Salah começou a abrir o livro com um grande cruzamento para o segundo poste, onde apareceu Gakpo a cabecear para o empate. O neerlandês voltou a ameaçar pouco depois, assim como Salah, em contra-ataque, que atirou à malha lateral. O jogo começou a ficar muito aberto à entrada para o último quarto de hora...
Marco Silva refrescou a equipa e as mexidas surtiram efeito, aos 76 minutos, quando Iwobi lançou Antonee Robinson em profundidade, o lateral fez o cruzamento atrasado para a pequena área, onde apareceu o recém-entrado Rodrigo Muniz a desviar subtilmente para o 2-1. Slot foi ao banco buscar Diogo Jota e Harvey Elliot, ambos de regresso após lesão.
O internacional português voltou com tudo: num dos primeiros toques na bola, recebeu de Darwín, deixou um adversário pelo caminho e enganou Leno no um para um para fazer o empate, aos 85 minutos.
Em tempo de descontos, Jota voltou a trocas as voltas à defesa, serviu o remate bloqueado de Van Dijk e, na confusão, atirou para o corte de um defesa por cima da trave. Na resposta, o flanco esquerdo do Fulham voltou a fazer das suas - Robinson e Iwobi estiveram muito bem ao longo do encontro -, para deixar Adama Traoré em boa posição, cujo remate foi defendido por Alisson.
Arsenal 0-0 Everton
Depois do empate no terreno do Fulham, o Arsenal não se podia dar ao luxo de perder mais pontos na corrida pelo título, daí que tenha gerido o plantel a meio da semana com o Mónaco. Por seu lado, os Toffees ganharam moral na luta pela manutenção com uma goleada ao Wolves (4-0). Beto e João Virgínia começaram no banco, Chermiti continua lesionado.

A primeira oportunidade do jogo até foi para os Blues, mas Doucoré não acertou no alvo, enquanto Odegaard era o farol dos gunners, ficando perto de inaugurar o marcador, aos 29 minutos. Apesar do domínio, os londrinos sentiram dificuldades em criar oportunidades claras de golo e só perto do do intervalo voltaram a ameaçar, num ziguezague de Martinelli, travado por Pickford.
O guarda-redes inglês voltou a brilhar no reatamento com uma grande defesa a remate de Saka. De forma surpreendente, Arteta retirou Rice e Odegaard - que estava a ser o melhor -, ainda Lewis-Skelly, Merino e Martinelli para tentar dar algum ímpeto à equipa, que sentia muitas dificuldades para furar o último terço. Perto do apito final, os gunners ainda ficaram a pedir uma grande penalidade sobre Partey, que acabou por não ser assinalada e os londrinos voltaram a perder terreno na luta pelo título.

Wolves 1-2 Ipswich
Gary O'Neil jogava aqui uma cartada importante no futuro como treinador da alcateia lusa depois de três derrotas consecutivas que deixavam o Wolves igualado com o penúltimo e recém-promovido Ipswich, que também vinha de três desaires consecutivos. Nelson Semedo, promovido a capitão, e Toti Gomes foram os únicos portugueses no onze, Carlos Forbs, Rodrigo Gomes e Gonçalo Guedes começaram no banco e José Sá, lesionado, ficou de fora

Tal como a lei de Murphy determina, os anfitriões ficaram em desvantagem num lance insólito, aos 15 minutos: Doherty evitou o golo de Cajuste em cima da linha, na recarga foi Toti Gomes a travar o remate de Chaplin mas o ressalto voltou a bater em Doherty e a bola acabou por entrar na baliza deserta...
Numa época sombria, Matheus Cunha tem sido uma frincha de luz que dá esperança aos adeptos de Wolverhampton e continuou a sua boa forma ao fazer o golo do empate, aos 79 minutos, assistido pelo recém-entrado Gonçalo Guedes.
Os lobos lançaram-se no ataque à procura da reviravolta, mas foram novamente dececionados quando, já nos últimos instantes do encontro, permitiram a Jack Taylor saltar sozinho ao segundo poste e cabecear para o golo da vitória, aos 90+4 minutos.
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