Liverpool 2-0 Newcastle
A grande surpresa antes do jogo foi a ausência de Alexander Isak, principal goleador do Newcastle, devido a uma lesão na virilha, tornando a missão dos Magpies ainda mais complicada. Já Arne Slot cumpria o primeiro dos seus dois jogos de suspensão após os acontecimentos no clássico contra o Everton, mas isso não impediu a sua equipa de começar com tudo. Logo aos 11 minutos, Dominik Szoboszlai abriu o marcador após ser encontrado por Luis Díaz dentro da área, marcando o 100º golo do Liverpool na temporada em todas as competições.

Os Reds controlaram as ações sem grandes dificuldades, embora tenham levado um susto quando Dan Burn lançou Callum Wilson em profundidade. O atacante teve a oportunidade para empatar no cara a cara com Alisson, mas finalizou mal e desperdiçou a oportunidade. Szoboszlai quase ampliou antes do intervalo, mas o remate passou a rasar a trave, mantendo o resultado em 1-0 ao final de um primeiro tempo relativamente tranquilo para o Liverpool.
Após um reinício morno na segunda etapa, os anfitriões selaram a vitória aos 63 minutos com um golaço de Alexis Mac Allister. O argentino desarmou no meio-campo, tabelou com Mohamed Salah e rematou com precisão para bater Nick Pope. Pouco depois, Salah quase coroou a sua exibição com uma assistência brilhante de trivela para Díaz, que não conseguiu desviar para o 3-0.
Sem precisar de apresentar o seu melhor futebol, o Liverpool fez o suficiente para garantir os três pontos diante de um Newcastle que sentiu a falta de Isak no ataque. A equipa de Eddie Howe acumula agora quatro derrotas nos últimos seis jogos da Premier League, complicando as suas chances de apuramento para as competições europeias. Já os Reds seguem firmes na liderança e cada vez mais próximos de transformar a corrida pelo título em mera formalidade.

Manchester United 3-2 Ipswich
Mais uma exibição tremida do Manchester United, recheada de momentos insólitos, mas desta vez deu para a equipa de Ruben Amorim voltar aos triunfos na Premier League, exatamente uma volta depois da chegada do técnico.

Os primeiros segundos foram logo um alerta para os Red Devils, depois de Delap falhar por pouco o 0-1 antes de estar decorrido o primeiro minuto do encontro, mas os adeptos da equipa visitante não tardaram a ver o primeiro golo da sua equipa neste regresso a Old Trafford.

Dorgu começou assim uma exibição desastrada ao entregar o golo a Philogene (4'), que só teve de encostar para a baliza deserta, uma vez que Onana tinha saído para recolher a bola afastada depois pelo lateral esquerdo do Manchester United.
Apesar de mais um arranque comicamente trágio, os Red Devils até reagiram bem e conseguiram uma rápida reviravolta em dois lances de bola parada. Morsy (22') fez auto-golo depois de uma bola tensa colocada na área por Bruno Fernandes e de Ligt (26') apontou o 1-2 num lance de insistência após pontapé de canto.
Parecia que a vida do Manchester United seria mais tranquila do que o habitual, mas uma entrada dura de Dorgu (43'), expulso por vermelho direto, abriu espaço para um final de primeira parte depressivo para os adeptos da casa. Philogene (45+2') cruzou para a área, Onana ficou à espera de um desvio que não surgiu e a bola entrou diretamente para o 2-2.
A jogar reduzido a 10, a equipa de Ruben Amorim não conseguiu ter aquela partida tranquila que chegou a parecer que iria ter, mas acabou por voltar a ser feliz de bola parada. Maguire (47'), assistido por Bruno Fernandes, devolveu a vantagem à equipa da casa, que ainda teve de sofrer no último quarto de hora para segurar o regresso aos triunfos e a subida ao 14º lugar da Premier League.
Nottingham Forest 0-0 Arsenal
O Arsenal sofreu mais um tropeção na corrida pelo título da Premier League ao empatar sem golos contra o Nottingham Forest no City Ground. O resultado mantém os Gunners sem vencer pela segunda partida consecutiva, enquanto a equipa de NES tem agora apenas uma vitória nos últimos cinco jogos do campeonato.

Com o Forest em má fase e o Arsenal sem um avançado de referência, o jogo começou apertado e com poucas oportunidades claras. Calafiori e Milenković receberam cartões amarelos nos primeiros minutos, mas foi o lateral italiano – substituindo o suspenso Myles Lewis-Skelly – quem teve a melhor chance da primeira etapa. Após demonstrar grande categoria ao driblar Nicolás Domínguez dentro da área, finalizou com o pé mais fraco ao canto oposto, mas a bola bateu na trave.
Sem que os guarda-redes fossem testados antes do intervalo e com apenas um remate ao alvo somado entre os dois emblemas, era esperado que ambos os técnicos pedissem uma resposta no segundo tempo. O Arsenal foi o primeiro a reagir e só não abriu o marcador porque Matz Sels fez uma defesa espetacular à queima-roupa para impedir o golo de Mikel Merino após um cruzamento para o segundo poste. Pouco depois, os Gunners voltaram a ameaçar de bola parada, quando Kieran Tierney – que entrou ao intervalo – cabeceou para fora após canto de Odegaard.
Apesar do maior volume ofensivo do Arsenal, o Forest começou a responder. Chris Wood, principal referência da equipa, finalmente exigiu uma defesa de David Raya ao ser lançado por Morgan Gibbs-White. Logo de seguida, William Saliba impediu outra grande ocasião com um carrinho providencial. No entanto, essa foi a última ameaça real do Nottingham Forest, que não conseguiu produzir mais no ataque.
Com este resultado, o Forest mantém-se em terceiro lugar, mas vê a sua posição no top-4 cada vez mais ameaçada, com apenas dois pontos de vantagem para os perseguidores. O Arsenal, por sua vez, pode perder ainda mais terreno na disputa pelo título após mais um jogo sem vencer.

Tottenham 0-1 Manchester City
O Manchester City voltou ao top-4 da Premier League com uma vitória suada por 0-1 sobre o Tottenham, evitando uma terceira derrota na temporada com os Spurs.

Apesar de serem os atuais campeões, os Citizens não vivem a sua melhor fase e a derrota para o Liverpool no Etihad no último fim de semana já era esperada. Além de complicar as chances de apuramento para a Liga dos Campeões, o desaire permitiu que o Chelsea assumisse a quarta posição ao golear o Southampton. Assim, um novo deslize contra o Tottenham estava fora de hipótese para Pep Guardiola e a sua equipa.
Ciente da necessidade dos três pontos, o City dominou amplamente a primeira etapa e poderia ter decidido o jogo antes do intervalo. Erling Haaland (12') abriu o marcador com um golo de oportunismo após boa jogada de Jérémy Doku, mas o norueguês já havia desperdiçado uma grande chance anteriormente, parando em Guglielmo Vicario.
O guarda-redes dos Spurs também fez ótimas defesas a remates de Doku e numa finalização à queima-roupa de Haaland. A melhor oportunidade perdida, porém, foi de Savinho, que, livre na pequena área após cruzamento rasteiro, rematou por cima. O Tottenham só conseguiu levar perigo no último minuto da primeira etapa, quando Danso obrigou Ederson a fazer grande defesa.
Após o intervalo, o cenário mudou completamente. Embora o City ainda tivesse algumas investidas perigosas, foi o Tottenham quem ditou o ritmo e criou as melhores chances. Os Spurs levaram muito perigo em jogadas de bola parada, mas Ederson negou o golo a Danso e Rodrigo Bentancur antes de Pedro Porro falhar por pouco. A melhor oportunidade caiu nos pés do jovem Wilson Odobert, que desperdiçou um cruzamento perfeito de Porro ao finalizar para fora quando tinha a baliza à sua frente.
A intensidade do Tottenham acabou por diminuir nos minutos finais, embora Son Heung-min ainda tenha testado Ederson com um remate de primeira dentro da área. Já nos descontos, o City chegou a marcar o segundo golo, mas o VAR anulou o lance após uma longa revisão. No fim, isso não alterou o resultado final, garantindo aos Citizens uma vitória fundamental que os coloca um ponto à frente do Chelsea, com 11 jornadas restantes.
