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Duas equipas em momentos totalmente distintos subiram ao relvado de Anfield para escrever um capítulo importante na luta pelo título. Se pouco havia a dizer sobre a boa forma do Liverpool, que a meio da semana banalizou o campeão europeu Real Madrid (2-0), quanto ao tetracampeão inglês muitas palavras podiam ser escritas, mas nenhuma se equipara ao sentimento de incredulidade.

Como tal, Pep Guardiola operou uma revolução: Ederson, Gvardiol e De Bruyne ficaram no banco, Rúben Dias regressou ao onze, ao lado dos portugueses Matheus Nunes e Bernardo Silva. Porém, pouco ou nada mudou. Os Reds entraram em modo rolo compressor e somaram oportunidades até inaugurar o marcador, com destaque para o cabeceamento de Van Dijk ao poste. Aos 12 minutos, Salah ligou o radar, viu e colocou bem a bola ao segundo poste, onde apareceu Gakpo a encostar.
Pouco depois, Foden foi ao chão e causou preocupação no banco, mas voltou a reentrar na partida para continuar a assistir ao massacre do Liverpool. A Slot Machine continuou a carburar, dominando todos os aspetos da partida, novamente com Van Dijk a ficar perto do golo, de cabeça. Totalmente perdidos e desconectados, os citizens só deram sinais de si aos 39 minutos, no primeiro e único remate no primeiro tempo, por intermédio de Rico Lewis. Haaland não se via, Bernardo somava passes falhados, só Matheus Nunes e Rico Lewis tentavam puxar pela equipa. As estatísticas dizem tudo.

Sem alterações, mas de cara lavada, o City regressou dos balneários com outra atitude à procura do empate, mas um erro de Bernardo Silva deixou Salah escapar isolado para a baliza, com o egípcio a desperdiçar o que geralmente não perdoa e a toada voltou a pender para os Reds, apesar das entradas de Doku e Savinho para os citizens.
A verdade é que, mesmo com a péssima exibição, o City estava a apenas um golo de distância de deitar um balde de água fria em Anfield. A entrada de Darwín para dar mais combatividade na frente acabou por resultar na perfeição, com mais um erro da defesa a permitir a fuga de Luis Díaz que foi derrubado por Ortega na grande área. Chamado a converter a grande penalidade, Salah desta vez não perdoou e juntou mais um à conta pessoal.
Os últimos minutos da partida foram marcados pelas trocas de bola dos reds que entusiasmaram as bancadas e uma troca de palavras entre Bernardo Silva e Salah e, depois, entre Guardiola e os adeptos adversários. No entanto, quem se ri é mesmo o Liverpool que aumenta a vantagem na liderança para nove pontos. Já o tetracampeão inglês sofreu a quarta derrota seguida no campeonato, não vence há seis jogos para todas as competições e está a 11 pontos do topo da tabela.