Reveja aqui as principais incidências da partida
A equipa de Ruben Amorim subiu ao sétimo lugar da Premier League depois de ter dado a volta a uma desvantagem para garantir um triunfo crucial por 2-1 frente a um forte Crystal Palace em Selhurst Park, este domingo (30 de novembro).
O jovem central Leny Yoro travou Jean-Philippe Mateta com uma entrada displicente, oferecendo ao compatriota a oportunidade perfeita para colocar o Palace em vantagem da marca de grande penalidade. Depois do primeiro remate ter sido anulado por tocar na bola duas vezes, Mateta não desperdiçou a recarga.
Joshua Zirkzee devolveu depois a esperança aos adeptos do United com um golo de belo efeito, dominando no peito antes de finalizar de um ângulo aparentemente impossível.
Pouco depois, Mason Mount marcou o golo da vitória para o United, deixando os adeptos visitantes satisfeitos no regresso a casa. Assim, aqui ficam três lições que tirámos deste encontro.
Oliver Glasner tinha razão quanto ao recrutamento do Palace
O austríaco já tinha manifestado desagrado pela falta de investimento no verão e, agora, com um período festivo intenso pela frente e compromissos europeus, Glasner voltou a criticar a direção do Palace após a derrota.
O Palace defrontou o Estrasburgo na Liga Conferência Europa na quinta-feira e fez apenas três alterações no onze inicial frente ao United. No final do jogo, era evidente o cansaço dos jogadores.
Há ainda muito futebol por disputar e dezembro não será nada fácil para esta equipa. Sob o comando de Glasner, o Palace nunca viveu um período tão positivo — conquistou o primeiro troféu da história do clube na época passada —, por isso a direção terá de agir em janeiro, sob pena de o perder quando o contrato terminar no próximo verão.
Mason Mount está de volta
Este é um momento importante para Mount. Não só marcou o golo decisivo, como também foi a primeira vez que completou os 90 minutos desde janeiro de 2023, quando ainda representava o Chelsea. Curiosamente, esse jogo também foi frente ao Palace.
O Man United vai ficar privado de alguns jogadores importantes devido à CAN: Bryan Mbeumo, Amad Diallo e Noussair Mazraoui deverão participar no torneio, que arranca a 21 de dezembro, deixando lacunas significativas, sobretudo no ataque.
Um Mount em boa forma é uma mais-valia para qualquer equipa. A sua entrega em campo tornou-o num favorito de todos os treinadores com quem trabalhou, e Amorim não é exceção. Para além do empenho total em cada jogo, a sua polivalência será fundamental à medida que nos aproximamos de dezembro.
Sem Benjamin Sesko, sem problema?
Esta pode muito bem ter sido a melhor exibição de Zirkzee com a camisola do Manchester United. Esteve irreconhecível frente ao Everton, mas não foi o único. Regressar e apresentar-se assim pode ter salvo a sua carreira no clube.
O seu golo foi algo que ninguém esperaria, tendo em conta o que mostrou nos últimos 18 meses, e deverá dar-lhe um enorme impulso de confiança, numa altura em que Sesko continua de fora devido a lesão, pelo menos nos próximos jogos.
Sesko deverá regressar ao onze titular assim que estiver recuperado, mas um Zirkzee confiante pode dar-lhe luta, e se o gigante esloveno atravessar uma fase menos positiva, o holandês estará pronto para aproveitar a oportunidade... se não sair em janeiro, claro.
