Bournemouth 0-1 Aston Villa

O Aston Villa somou a sua sétima vitória nos últimos oito jogos da Premier League, ao bater o Bournemouth por 0-1 no Vitality Stadium, consolidando a sua posição na corrida por um lugar na Liga dos Campeões.
Num início de jogo cauteloso, com ambas as equipas cientes da importância do resultado, Jacob Ramsey desperdiçou uma boa oportunidade ao rematar muito por cima, enquanto Evanilson, de cabeça, também não conseguiu ameaçar Emiliano Martínez. Aos poucos, os villans começaram a assumir o controlo, com Marco Asensio a acertar no poste num remate de fora da área. Kepa Arrizabalaga ainda brilhou com duas grandes defesas a cabeceamentos de Boubacar Kamara e Matty Cash, mas foi batido nos descontos da primeira parte: Ollie Watkins desviou com subtileza um cruzamento de Morgan Rogers e tornou-se o melhor marcador de sempre do clube na era da Premier League.
Já no segundo tempo, o Villa esteve perto de ampliar a vantagem, com Kamara a rematar de pé esquerdo ligeiramente ao lado. Contudo, o jogo complicou-se quando Ramsey viu o segundo cartão amarelo e foi expulso, após travar David Brooks. O Bournemouth aproveitou a superioridade numérica para pressionar, com Antoine Semenyo a falhar por pouco e Evanilson a obrigar Martínez a uma defesa apertada nos minutos finais. Já nos instantes derradeiros, Semenyo teve o empate nos pés, mas Matty Cash salvou em cima da linha, garantindo os três pontos para os visitantes.

Com este triunfo, o Aston Villa iguala em pontos o Newcastle e o Chelsea, que se defrontam no domingo, mantendo viva a esperança de regressar à Liga dos Campeões. Por outro lado, os cherries veem terminar uma série de cinco jogos sem perder e caem para o 10.º lugar, num revés significativo nas suas aspirações europeias.
Southampton 0-0 Manchester City

Como era de se esperar de um jogo entre o Manchester City, a lutar pela Liga dos Campeões, e o Southampton, já despromovido, a partida teve ares de treino. Os comandados de Pep Guardiola ficaram acampados no meio-campo dos Saints durante a maior parte da etapa inicial, mas a falta de oportunidades de golo deu a entender que teriam de ser pacientes, apesar do domínio territorial. O City foi tão pouco incisivo no último terço que 32 minutos se passaram antes de um remate em direção à meta de Aaron Ramsdale. Mesmo assim, foi de livre , e o disparo Kevin De Bruyne passou rente ao travessão.
Considerando que nenhuma equipa na Premier League sofreu mais golos na primeira parte do que o Southampton esta época, as dificuldades do City nos primeiros 45 minutos foram uma surpresa. Mas quando o apito para o intervalo soou, o Southampton estava a meio caminho de garantir o ponto de que precisava para superar o recorde indesejado do Derby County. Uma exibição tão morna levou Guardiola a lançar Jérémy Doku no intervalo, mas mesmo a sua entrada pouco fez para alterar o fluxo do jogo, com o City a fazer todo o trabalho de pernas, mas a criar muito pouco.
Doku esteve, pelo menos, envolvido na primeira grande oportunidade do City no jogo, chegando à linha de fundo e cortando a bola para Bernardo Silva, mas o seu remate à baliza foi desviado heroicamente por Jack Stephens. A sensação de que aquele não seria o dia do City era cada vez maior, e os temores aumentaram quando Erling Haaland rolou a bola pela linha de seis jardas para Nico O'Reilly, mas o suplente incrivelmente chutou no ar com o golo à mercê.
O City continuou a procurar o golo da vitória e não se acanhou em avançar, com Savinho, De Bruyne e Omar Marmoush a estarem todos perto de marcar. Mas o Southampton conseguiu segurar o ponto que precisava para não entrar para a história em circunstâncias muito improváveis, já que manteve apenas a terceira partida sem sofrer golos na temporada. O City ainda tem a possibiliddde e terminar entre os cinco primeiros colocados, mas pode ter que lamentar os pontos perdidos no final da temporada.

Fulham 1-3 Everton

Os dois jogos anteriores entre Fulham e Everton em Craven Cottage haviam terminado sem golos, mas a cabeçada poderosa de Raul Jiménez aos 17 minutos acabou com qualquer possibilidade de um terceiro nulo em Thameside. A partir daí, a equipa da casa passou a ter muita posse de bola, com Harry Wilson e Alex Iwobi a terem oportunidades de golo, antes de Emile Smith-Rowe fazer um belo cruzamento da esquerda para a cabeça do mexicano Jiménez.
Apesar de alguns momentos de pressão agressiva, o Everton pouco ameaçou o Fulham durante toda a primeira parte - ainda assim, conseguiu chegar ao intervalo empatado. Um lançamento longo para a área do Fulham foi mantido vivo pelos Toffees, e um remate rasteiro de fora da área de Vitaliy Mykolenko sofreu um desvio maléfico ao passar por Bernd Leno.
No início do segundo tempo, Wilson voltou a incomodar o Everton, com uma tentativa improvisada de Jordan Pickford, que se esticou todo para defender o remate em arco do galês, quando o Fulham ameaçava recuperar a vantagem.
Mas, apesar dos esforços dos Cottagers, o Everton virou o jogo e surpreendeu os adeptos do Fulham com dois golos no espaço de três minutos. Os Toffees ganharam a vantagem quando Michael Keane cabeceou sem marcação no poste de trás, a 20 minutos do fim, e a poeira mal tinha assentado quando Leno voltou a falhar, depois de uma rápida jogada em que Beto fez o terceiro golo passar pelo guarda-redes do Fulham.
O resultado foi suficiente para dar à equipa de Marco Silva uma derrota consecutiva, que coloca novas dúvidas sobre a sua capacidade de se qualificar para a Europa esta época. O Everton, por sua vez, regressa a casa para a sua despedida de Goodison com apenas uma derrota em 11 jogos

Wolverhampton 0-2 Brighton

Depois de uma série de seis vitórias consecutivas na Premier League, que terminou na última jornada, frente ao Manchester City, a equipa de Vítor Pereira procurou recuperar o ritmo contra o Brighton, que se encontra a meio da tabela classificativa. Os anfitriões começaram bem, com Gonçalo Guedes a rematar por cima na sequência de um livre de Matheus Cunha e Marshall Munetsi a ver um remate certeiro bloqueado. Depois de 20 minutos lentos, o Brighton pensou que tinha chegado à vantagem através de um remate de Welbeck, mas o golo foi polémicamente anulado por fora de jogo.
Os Seagulls tiveram uma oportunidade de ouro para desempatar a partida pouco depois, quando Cunha derrubou Mats Wieffer na área, permitindo a Welbeck converter com frieza o seu 10.º golo da época. Determinados a encontrar uma resposta antes do intervalo, os Wolves aumentaram a aposta no último terço, mas Munetsi desperdiçou duas meias oportunidades e os visitantes mantiveram a vantagem ao intervalo.
Depois de conquistar apenas uma vitória nos últimos sete jogos na Premier League (três empates e três derrotas), o Brighton sabia que precisava de um início de segundo tempo positivo, e Matt O'Riley mandou um remate de longa distância para longe do alvo. O resultado animou os anfitriões, e Cunha quase empatou o jogo quando o seu remate enrolado de 20 metros foi desviado com perícia por Bart Verbruggen.
Pereira fez uma tripla alteração à passagem da hora de jogo, na esperança de virar o jogo a favor dos Wolves, mas a retaguarda do Brighton continuou a manter-se firme, limitando os anfitriões a muito poucas oportunidades claras de golo. Apesar de toda a pressão do Wolves, foram os Seagulls que marcaram o segundo golo a cinco minutos do fim, com o suplente Gruda a correr para a bola de Simon Adingra e a rematar delicadamente por cima de José Sá, para fechar uma vitória vital para a equipa de Fabian Hürzeler.

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