Um cabeceamento certeiro de Raúl Jiménez a cinco minutos do fim fez a diferença mínima com que o Fulham venceu no sábado o West Ham, reforçando a hierarquia que o mexicano construiu na Premier League de Inglaterra e o estatuto de goleador histórico na Europa, desde que chegou ao velho continente há 11 anos.
Além dos elogios que Jiménez recebeu de adeptos e críticos após a sua excelente exibição, o jogador formado no América voltou a mostrar a sua clara intenção de se tornar uma lenda do futebol mexicano na Europa, provando que, para lá do conforto financeiro que existe na Liga MX, vale sempre a pena arriscar tudo em busca de um sonho.
De olho em Chicharito
Para alcançar o seu objetivo, Jiménez já tem na mira o recorde goleador de Javier Hernández na Europa. Em dez anos, Chicharito marcou 127 golos. Um número que sempre pareceu distante para os críticos, mas não para a ambição e talento de Jiménez, que já soma 115 golos, ficando a 12. Um registo que terá de alcançar em seis meses, caso se confirmem os rumores sobre o seu desejo de regressar ao México depois do Mundial.
Um contexto que motiva e concentra o natural de Querétaro, que também sonha fazer história com a Seleção Mexicana durante o Mundial que se vai disputar na América do Norte, enquanto espera que os seus golos levem a sua equipa a competições europeias, após 13 anos de ausência.
“É difícil, a liga é muito competitiva. Sabemos que podemos estar lá (em lugares europeus), mas temos de continuar a trabalhar. Precisamos de ganhar o maior número de jogos possível”, afirmou Jiménez após o encontro frente ao West Ham.
A lenda Hugo Sánchez
No entanto, apesar dos bons registos de Chicharito e Jiménez, ambos estão e continuarão longe do que alcançou o mítico Hugo Sánchez, um dos melhores avançados da história do futebol. Na sua passagem pela Europa, com especial destaque para o legado deixado no Real Madrid, o jogador formado no Pumas marcou 313 golos.
O Pentapichichi está e continuará, por muito tempo, sozinho no topo, numa fasquia que parece inalcançável a curto, médio e longo prazo para o futebol mexicano, que deixou de exportar jogadores com a frequência e importância de outros tempos.
