Com o objetivo de garantir um lugar na Liga dos Campeões e outro troféu europeu, o United defronta o Tottenham no que poderá ser a salvação para ambas as equipas, depois de épocas igualmente dececionantes. Os Red Devils estão a caminhar para a sua pior campanha de sempre na Premier League, que poderá ser disfarçada pela conquista da Liga Europa pela segunda vez.
Amorim começou por falar sobre as novidades da equipa e confirmou que Leny Yoro, Matthijs de Ligt, Diogo Dalot e Ayden Heaven podem não estar disponíveis.
"Não sei se vão estar disponíveis. Vamos tentar fazer força, porque são os últimos jogos e há uma final. Todos os jogadores querem muito jogar nessa final. Não creio que vão para o Chelsea, mas teremos a possibilidade de ter alguns deles na final. Dalot está a tentar muito. Não quero arriscá-lo, porque quando se começa a ter uma lesão, uma segunda lesão, é muito grave. Não podemos ter este tipo de problemas no nosso plantel. Veremos. Ele está a trabalhar muito para chegar à final", atirou.
Amorim foi depois questionado sobre a sua decisão de pagar a 30 membros da sua equipa de apoio no Manchester United para assistirem à final da Liga Europa com as suas famílias.
"Para começar, a situação é simples: sabemos que tivemos muitos problemas com a saída de pessoas e mudanças no pessoal. Neste momento, no nosso clube, por vezes é difícil saber quando dar e quando receber. É complicado para o clube começar a dar a outros membros do pessoal. É uma posição muito difícil. A situação foi explicada e, naquele momento, era para ajudar. Não vai mudar a minha vida. Ajudar a equipa a estar lá... a ser melhor equipa para a final. Todos os jogadores tiveram a mesma reação. Todos querem a equipa presente, as suas famílias presentes. É difícil gerir as coisas no nosso clube, por isso é uma coisa simples".
O treinador também foi questionado sobre o estado de espírito do clube esta época e explicou que jogar na Liga Europa é diferente da Premier League.
"Uma final é diferente. Mas esta época tem sido muito dura para todos, com os resultados e a mudança de equipa. Sente-se isso. Estamos a tratar disso durante a época, estamos a mudar a nossa forma de jogar durante a época, por isso o ambiente é difícil. Mas garanto-vos que quando estamos a jogar um jogo da Liga Europa o ambiente é diferente e sente-se o entusiasmo", concluiu.
Em seguida, foi-lhe colocada a questão incómoda de saber se se irá embora se os problemas continuarem no clube, à semelhança do que aconteceu com antigos treinadores, como José Mourinho e Erik ten Hag.
"Desde que cheguei aqui, sempre falei sobre as regras. Tenho uma ideia clara do que fazer. Compreendo os problemas da equipa, por isso estou longe de desistir. O que estou a dizer é que temos de ter um bom desempenho no futuro e nesta época. Caso contrário, vão mudar-nos, o que é normal. Era esse o meu sentimento e continua a sê-lo hoje".
Amorim abordou depois a questão de saber se o troféu da Liga Europa ou a qualificação para a Liga dos Campeões é mais importante para o futuro do clube e admitiu que o clube está acima da Liga Europa.
"Pessoalmente, para mim, acho que a Liga dos Campeões é mais importante para tudo, para preparar a próxima época. É suposto estarmos na Liga dos Campeões; a Liga Europa não é suficiente. Esta é a melhor maneira de nos levar ao topo dentro de alguns anos."
Por último, Amorim falou sobre a paciência e a razão pela qual os adeptos do clube poderão ter dificuldades durante algum tempo, à medida que o United tenta melhorar gradualmente nos próximos anos.
"Vai ser muito mau. Não quero usar isso como desculpa. Vai ser muito difícil. A vossa paciência (dos meios de comunicação social) e dos adeptos vai estar no limite. Temos de ser perfeitos para continuar tudo".