"Sempre permaneci fiel a quem sou. No Benfica, estive rodeado de líderes que poderiam ter interpretado a minha liderança como ofensiva ou desrespeitosa, mas o tempo acabou por mostrar que era apenas uma parte de quem eu era", lembrou o Rúben Dias, em entrevista à DSECTION magazine.
"Acho que cada fase da minha carreira trouxe à tona diferentes aspetos de mim, mas todos eles conectam-se com quem eu sou na minha essência. No Benfica ainda estava a descobrir-me, a lançar as bases. No Manchester City cresci muito, adaptando-me a uma nova cultura e a um novo nível de futebol. Com a seleção nacional, há um orgulho e uma responsabilidade únicos que te moldam. Cada momento tem as suas lições e desafios, mas todos contribuíram para a minha evolução", acrescentou o central português, assumindo que nunca duvidou de que chegaria ao topo do futebol.
"Sinceramente, nunca duvidei. Houve um momento, contudo, em que estive na equipa B e tive de considerar a possibilidade de passar para a equipa principal. Foi uma encruzilhada. Parecia 'é agora ou nunca'. E quando esse pensamento passou pela minha cabeça, dois segundos depois, eu sabia que iria conseguir. Não havia outra opção. Eu não estava a pensar em mais nada. Eu sabia que estaria na equipa titular – não havia espaço para dúvidas. Esse foi um momento crucial, uma revelação sobre o tipo de compromisso que eu precisava. Tinha pouco a ver com convicção cega, mas sim com foco – focar-me no que eu poderia fazer no dia seguinte", explicou o central que, recorde-se, esteve duas épocas no Benfica B, antes de ser promovido à equipa principal dos encarnados, em 2017/2018.
A finalizar, Rúben Dias falou ainda da relação com Jorge Jesus: "A melhor piada de futebol? É uma do Jorge Jesus, provavelmente. Ele tem um grande sentido de humor."