É por isso que o Flashscore, em cooperação com uma equipa de analistas da empresa de dados checa 11Hacks, apresenta todas as sextas-feiras uma visão geral baseada em dados sobre onde esses resultados (in)esperados podem ocorrer no vasto mundo do futebol, para o ajudar a entrar no fim de semana.
Almere - Excelsior, sexta-feira 19:00
Embora apenas um ponto separe atualmente o Excelsior e o Almere na tabela da Eredivisie, o jogo entre ambos tem um favorito bastante claro. Enquanto o Almere deveria estar em 15.º lugar de acordo com a métrica de pontos esperados, o Excelsior de Roterdão é o oitavo melhor com base nessa métrica. No ataque, a qualidade está claramente do lado dos visitantes.
A equipa de Marinus Dijkhuizen joga com o bloco defensivo mais baixo do campeonato e espera pacientemente pela oportunidade de fazer ataques rápidos. Em média, esta situação ocorre 4,2 vezes por jogo, a quarta mais elevada, atrás de PSV, Feyenoord e Go Ahead Eagles. Além disso, são muito eficientes na sua execução - acumularam o terceiro maior número de golos esperados e reais a partir de contra-ataques. O Almere, por sua vez, não se dá bem contra equipas que jogam desta forma, permitindo-lhes regularmente um grande número de remates perigosos a partir destes ataques.
Os principais jogadores ofensivos do Excelsior deverão estar disponíveis para o jogo: o avançado Troy Parrot e o extremo Couhaib Driouech. Graças ao seu bom posicionamento e movimentação, a equipa cria frequentemente oportunidades dentro da área e os cruzamentos de Driouech são também muito perigosos. Além disso, o Almere é mais vulnerável a estas duas situações. Seria, portanto, uma grande surpresa se a equipa de Roterdão não prolongasse a sua série de 11 jogos em que conseguiu marcar. Durante esta série, marcou contra o PSV, o Feyenoord, o Twente e o Alkmaar.
Swansea vs Plymouth, sábado 15:00
Depois de dois jogos difíceis (contra o líder Leicester e o terceiro classificado Southampton), o Swansea, atual 17.º classificado, vai defrontar o Plymouth, 15.º classificado, no Championship. Embora as casas de apostas prevejam que o Swansea terá uma grande hipótese de vencer em casa, o jogo não será tão claro para a equipa galesa. Defensivamente, este é um jogo entre duas equipas equivalentes, mas ofensivamente o Plymouth destaca-se claramente.
Com uma média de 1,53 golos esperados criados (e 1,73 marcados) por jogo, o Plymouth possui o sexto melhor ataque do Championship, enquanto o Swansea é apenas o 15.º neste aspeto, com 1,19. E embora os visitantes possam utilizar todos os seus ases para a partida, os anfitriões devem ficar sem o goleaodr Jamal Lowe e também sem o lateral-direito Josh Key. Este último é um dos jogadores mais criativos do novo técnico Luke Williams.
O Plymouth é uma das equipas que mais contra-ataca na segunda divisão inglesa e essa é uma arma formidável. Apenas três outras equipas marcaram mais golos em contra-ataques rápidos. O Swansea não se adapta bem a este estilo de jogo do ponto de vista defensivo - permitindo o quarto maior volume de oportunidades de golo a partir de contra-ataques rápidos. Além disso, o Plymouth também cria um grande número de oportunidades através de ataques sucessivos.
A análise dos passes no último terço do campo mostra que o Plymouth penetra frequentemente na área com passes e produz bons cruzamentos e diagonais de ambos os lados. De todos estes cenários, o Swansea permite um elevado volume de remates e o Plymouth deverá, portanto, ter muitas oportunidades para marcar durante o jogo.
Manchester United - West Ham, domingo 14:00
Nos últimos sete jogos da Premier League, o Manchester United só conseguiu vencer dois e os modelos matemáticos mostram que este registo se deve a prestações muito fracas em ambos os lados do campo. A julgar pela qualidade das oportunidades de golo criadas e das que permite aos seus adversários, é a 13.ª melhor equipa da Premier League em ambos os casos. O atual sétimo lugar parece, portanto, muito afortunado.
A equipa de Erik ten Hag não só produz um número reduzido de boas oportunidades durante os jogos, como também falha frequentemente na finalização. Em média, marca apenas 1,18 golos por jogo (excluindo os penáltis), o que, na prática, significa que apenas cinco outras equipas marcaram menos golos na atual temporada do campeonato. Além disso, será muito difícil que os Red Devils o façam no jogo de domingo contra o West Ham.
Não é que a equipa londrina seja uma das equipas com um sólido registo defensivo. Muito pelo contrário. Na verdade, o clube londrino permite muitas vezes que os seus adversários criem oportunidades perigosas junto à baliza e deve em grande parte a atual posição na tabela a Alphonso Areola, que é o melhor guarda-redes de Inglaterra esta época. Se o guardião médio da liga tivesse sofrido remates idênticos aos de Areola, teria sofrido mais oito golos, de acordo com os modelos analíticos.
O problema, no entanto, é que o United depende muito dos contra-ataques, que o bloco profundo do West Ham só lhes proporcionará de forma muito limitada. Em termos de qualidade dos remates permitidos, apenas o Manchester City e o Arsenal são melhores a defender os contra-ataques do que o West Ham. Além disso, raramente sofre golos em contra-ataques - permitiu que os adversários marcassem apenas quatro vezes, o que é o melhor resultado de todas as 20 equipas do campeonato.
As jogadas de bola parada também serão uma grande arma para o West Ham, ajudado pela chegada no verão do seu maestro do meio-campo, James Ward-Prowse. Os escanteios, em especial, são uma ameaça. O United tem a quarta maior quantidade de chances de gol em escanteios do campeonato, enquanto o adversário é o segundo melhor em termos de gols. O primeiro encontro, pouco antes do Natal, terminou com a vitória do West Ham por 2-0, após uma atuação dominante. E não seria uma surpresa se o United também tivesse dificuldades desta vez.