O que parecia ser um negócio praticamente fechado para a estrela do Crystal Palace transformou-se numa emboscada tardia do Arsenal, que avançou para a negociação após a lesão no joelho de Kai Havertz.
Os Spurs acreditavam ter Eze assegurado, mas o Arsenal pensou de forma diferente e está agora a ultimar os detalhes da transferência ao longo desta semana.
O presidente do Tottenham, Daniel Levy, e o diretor técnico, Johan Lange, terão de reagir rapidamente ou enfrentar a insatisfação dos adeptos.
Quando os Spurs tentavam dar os últimos retoques na contratação, alguns sinais de alerta já surgiam. Primeiro, chegou a notícia de que o Arsenal estava a preparar um novo contrato para Leandro Trossard e, depois, começaram os rumores de que o Crystal Palace estava a atrasar o processo.
Inicialmente, o Arsenal queria assegurar um substituto antes de avançar, mas, entretanto, começaram a surgir pedidos de cláusulas adicionais e bónus.
Com a confirmação da lesão de Havertz, o negócio acelerou. O Arsenal já tinha Eze como alvo ao longo de todo o verão e, assim que teve luz verde, avançou com firmeza. O diretor desportivo Andrea Berta agiu com confiança e rapidez para convencer o jogador e o Crystal Palace a aceitar um acordo avaliado em cerca de €71 milhões.
O Tottenham sabia da existência de uma cláusula de rescisão de 68 milhões de libras (cerca de €80 milhões) no contrato de Eberechi Eze no início da janela de transferências, mas deixou-a expirar, uma decisão que hoje pode sair cara. A verdade, contudo, é que, mesmo nessa altura, o jogador dificilmente teria aceite juntar-se aos Spurs, já que nunca fechou a porta ao Arsenal. Essa possibilidade tornou desde sempre a posição do Tottenham mais frágil do que o clube imaginava.
Agora, os londrinos têm de encontrar um novo alvo que satisfaça treinador e adeptos.
Entre as opções, Savinho, do Manchester City, foi recentemente sondado, mas uma primeira abordagem foi rejeitada. No próximo fim de semana, os Spurs defrontam precisamente o City, um jogo que pode servir de palco perfeito para tentar reacender as negociações, embora haja a sensação de que o campeão inglês já não esteja disposto a negociar.
Outro nome apreciado em Londres é o de Tyler Dibling, jovem promessa do Southampton. No entanto, o valor exigido, superior a 50 milhões de libras (cerca de €59 milhões), tem sido considerado demasiado elevado. Everton e Crystal Palace também estão na corrida pelo médio ofensivo.
Bilal El Khannouss, internacional marroquino, também está no radar dos Spurs, mas com o Palace igualmente interessado, o Tottenham pode ver aí uma oportunidade de vingança após o caso Eze. Xavi Simons também é alvo, mas o jogador do PSG está inclinado para assinar pelo Chelsea.
O sonho do Tottenham seria Rodrygo, do Real Madrid, mas o pacote salarial do brasileiro tornaria o negócio praticamente impossível. Morgan Rogers, do Aston Villa, também foi sondado, mas o clube de Birmingham não aceita propostas.
Outros nomes foram analisados, mas parecem hipóteses remotas. Alejandro Garnacho foi considerado, mas a sua equipa está a dar prioridade ao Chelsea. Nico Paz, do Como, é admirado pelos dirigentes, e Maghnes Akliouche, do Mónaco, surge como outro perfil criativo apontado.
A verdade é que há uma necessidade de urgência. Os Spurs pensavam que tinham garantido o seu alvo principal, mas o Arsenal agiu com rapidez, atacou de forma decisiva e deixou os rivais do norte de Londres a reagir sob pressão.
