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Vidic diz que o Manchester United tem sido "enganado" com o preço dos reforços

Nemanja Vidic, antigo capitão do Manchester United
Nemanja Vidic, antigo capitão do Manchester UnitedUEFA
O antigo capitão do Manchester United, Nemanja Vidic, falou sobre a forma como o clube está a pagar demasiado a certos jogadores que não valem o dinheiro.

A lenda de Old Trafford, Vidic, fez uma avaliação brutalmente honesta da estrutura salarial do Manchester United na era pós-Sir Alex Ferguson e sugere que as coisas têm de mudar antes que o clube seja ainda mais enganado.

Em declarações ao programa The Overlap, Vidic revelou que o facto de o United não ter conseguido conquistar um título da Premier League desde 2013 deve-se a um recrutamento deficiente, que muitos dos rivais do clube conseguiram perceber.

"Penso que, por vezes, com os salários e o dinheiro que pagámos a certos jogadores, fomos enganados. Para mim, esse é o problema. O recrutamento é o mais importante, trazer bons jogadores de futebol, treinadores, pessoal médico, e penso que deviam ter cuidado com o tipo de pessoas que trazem para certos lugares", afirmou.

"Para estar no Manchester United é preciso ser um dos melhores no mercado e é preciso investir nisso – talvez até mais do que nos jogadores – e penso que não temos feito isso bem", acrescentou Vidic.

O United gastou mais de 1,5 mil milhões de euros em jogadores e pagou salários exorbitantes desde que Ferguson abandonou o cargo em 2013, enquanto a equipa continua a ter um desempenho fraco. Vidic sugeriu que a sua antiga equipa perdeu o carácter e que o United precisa de menos "yes men" e mais força para conduzir o clube ao sucesso, em vez da mediocridade.

"É difícil estar no United agora, ser jogador de futebol ou proprietário – seja o que for que se faça, é difícil, por isso, se se quer mudar o clube, o clube tem de trazer pessoas com personalidade. Se não houver pessoas com personalidade no clube, é difícil, e vamos passar por esta situação", explicou.

"Se trouxermos pessoas que vão ser simpáticas, sorridentes e dizer coisas que queremos ouvir, não creio que seja esse o caminho a seguir. Precisamos de pessoas que assumam a responsabilidade e sejam suficientemente fortes para dizer as coisas que veem, mesmo que tenham de lidar com as consequências", concluiu Vidic.