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Futebolistas profissionais colombianos entram em greve

O América de Cali é uma das equipas colombianas
O América de Cali é uma das equipas colombianasJOAQUIN SARMIENTO / AFP
Os futebolistas profissionais da Colômbia vão entrar em greve em resposta ao fracasso das negociações com os dirigentes das ligas profissionais do país para melhorar as suas condições de trabalho, informou o sindicato na quarta-feira.

"Por maioria esmagadora, (os jogadores) decidiram declarar o seu direito fundamental à greve", disse a Associação Colombiana de Futebolistas Profissionais (Acolfutpro) em comunicado.

A organização tomou a decisão depois de não ter chegado a um consenso na negociação coletiva mediada pelo Ministério do Trabalho, que incluía pontos como a criação de um protocolo para a discriminação e assédio sexual nos clubes e melhorias nas políticas de saúde para os futebolistas.

Segundo a associação, a decisão foi tomada com mais de mil votos, o que corresponde a 87,4% dos presentes na sessão, contra os 12,6% restantes que optaram por recorrer a um tribunal arbitral com a Federação Colombiana de Futebol (FCF) e a Divisão Maior de Futebol da Colômbia (Dimayor).

No seu comunicado, a Acolfutpro solicitou ao ministério que garanta o "direito fundamental à greve" dos jogadores da primeira divisão, da liga feminina e do torneio de promoção e que exorte "os empregadores a não exercerem pressões indevidas".

Ainda não há data para o início da paralisação das atividades que, segundo a associação, será anunciada "em tempo útil e nos termos da lei".

A Dimayor e a FCF ainda não emitiram qualquer declaração sobre o anúncio da associação.

Em 2019, a federação esteve sob escrutínio depois de várias queixas de jogadores profissionais e jovens da seleção colombiana terem relatado casos chocantes de assédio e abuso sexual, alguns dos quais levaram a investigações criminais em curso.