"Por maioria esmagadora, (os jogadores) decidiram declarar o seu direito fundamental à greve", disse a Associação Colombiana de Futebolistas Profissionais (Acolfutpro) em comunicado.
A organização tomou a decisão depois de não ter chegado a um consenso na negociação coletiva mediada pelo Ministério do Trabalho, que incluía pontos como a criação de um protocolo para a discriminação e assédio sexual nos clubes e melhorias nas políticas de saúde para os futebolistas.
Segundo a associação, a decisão foi tomada com mais de mil votos, o que corresponde a 87,4% dos presentes na sessão, contra os 12,6% restantes que optaram por recorrer a um tribunal arbitral com a Federação Colombiana de Futebol (FCF) e a Divisão Maior de Futebol da Colômbia (Dimayor).
No seu comunicado, a Acolfutpro solicitou ao ministério que garanta o "direito fundamental à greve" dos jogadores da primeira divisão, da liga feminina e do torneio de promoção e que exorte "os empregadores a não exercerem pressões indevidas".
Ainda não há data para o início da paralisação das atividades que, segundo a associação, será anunciada "em tempo útil e nos termos da lei".
A Dimayor e a FCF ainda não emitiram qualquer declaração sobre o anúncio da associação.
Em 2019, a federação esteve sob escrutínio depois de várias queixas de jogadores profissionais e jovens da seleção colombiana terem relatado casos chocantes de assédio e abuso sexual, alguns dos quais levaram a investigações criminais em curso.