O mundo do futebol ficou em choque quando foi anunciado que Gabri Veiga recusou o Nápoles para assinar um contrato de três anos com o Al-Ahli, da Arábia Saudita. Agora, o seu antigo capitão no Celta de Vigo, Iago Aspas, expressou a sua opinião sobre a mudança e tentou colocar-se no lugar do jovem.

"São situações que acontecem no mundo do futebol. É verdade que as pessoas esperavam outro tipo de clube como destino, ou como um salto para a elite. Mas, bem, a família e o rapaz consideraram que o melhor a fazer era ir para a Arábia e o clube entrou com um dinheiro que hoje não pode ignorar, dado o estado do mundo do futebol", disse o Príncipe das Bateas.

Veiga abdicou de jogar na Liga dos Campeões como membro do plantel do atual campeão italiano para embolsar entre 12 e 15 milhões de euros por ano na Saudi Pro League, que meteu medo na Europa ao contratar um jogador da sua projeção.

Quanto a um possível regresso, Aspas disse que terá paciência para ver como evolui o percurso do antigo companheiro de equipa: "Não sei se vai regressar, saiu há quatro ou cinco dias, mas é verdade que assinou um contrato curto, por três épocas, por todo o dinheiro que esteve envolvido na operação, e esperamos que possa regressar um dia, como muitos jogadores jovens saíram e regressaram", disse.

Carvajal apoia-o

Quem mais se manifestou recentemente sobre o assunto foi Dani Carvajal. O lateral-direito do Real Madrid apoiou a decisão da promessa do futebol espanhol durante a sua entrevista no programa "Universo Valdano" da Movistar+.

"Compreendo-o perfeitamente. Quando fui para a Alemanha, assinei por cinco anos e a primeira coisa que fiz foi comprar uma casa para os meus pais. No fundo, é um meio de subsistência económico e se podes ajudar a tua família...", explicou o internacional pela roja.

O jogador de futebol, por seu turno, analisou a possibilidade de Veiga ser obrigado a reformar-se: "É preciso compreender o rapaz. No final, o rapaz pode ir para o Nápoles e ganhar um milhão de euros, mas se calhar tem uma lesão ou a carreira não corre como ele quer e tudo corre mal. É compreensível", explicou.