O Celtic conquistou o 13.º título do Campeonato Escocês em 14 temporadas no fim de semana passado, quando a equipa de Brendan Rodgers assumiu uma liderança inatacável a quatro jornadas do fim.
O Celtic também empatou com o Rangers em 55 títulos do Campeonato Escocês cada um, um feito que vai doer no lado azul de Glasgow antes do Old Firm.
"A guarda de honra nunca aconteceu no passado e tem havido um enorme clamor sobre isso. Se eu me colocasse na pele de um campeão, não me incomodaria muito. Se perguntarmos a qualquer um dos jogadores do Celtic, acho que também não os incomodaria. Sempre foi assim. Vamos continuar assim", disse Ferguson à Sky Sports.
Algo semelhante aconteceu quando o Rangers, sob o comando de Steven Gerrard, conquistou o seu 55.º título na temporada 2020-21. Na altura, o então treinador interino do Celtic, John Kennedy, afirmou que a equipa nem sequer aplaudiria os rivais, que lhes impediram de alcançar o décimo título consecutivo.
"Uma coisa que vou fazer é apertar a mão do Brendan e dizer: 'Muito bem por ter sido tão dominante', pois não há dúvida de que ele foi neste ano, e isso deve ser doloroso. Sem dúvida, também me magoa a mim, à equipa e aos jogadores", acrescentou Ferguson.
O treinador do Celtic estava tranquilo quanto a uma guarda de honra.
"Não está nas regras que tem de ser feita. Penso que quando dois clubes e a rivalidade são tão emocionais, é sempre difícil para a equipa que fica em desvantagem", disse Rodgers, que ganhou quatro títulos da Premiership com o Celtic em duas passagens.
"Penso sempre que, independentemente de se ser campeão ou não, mostrar humildade perante a outra equipa, seja qual for a rivalidade, é um sinal de respeito. O Celtic-Rangers é uma rivalidade emotiva e, se ficarmos muitas vezes aquém do esperado, pode ser um desafio para nós e justificar isso junto dos adeptos. Mas, como eu disse, sou um tradicionalista", completou.