As competições femininas foram as primeiras a realizar a sua reunião com a presença de todos os diferentes níveis do futebol espanhol. Assim, árbitros, clubes, jogadoras e dirigentes concordaram em dar os primeiros passos para a introdução da tecnologia a partir da próxima época na Liga F, a categoria mais elevada do futebol feminino em Espanha.
O primeiro sistema a ser escolhido seria o Football Video Support (FVS), que a FIFA já utilizou em torneios como o último Campeonato do Mundo Feminino de Sub-17, realizado no ano passado na República Dominicana.
Por este motivo, será solicitada à entidade que rege o futebol mundial a autorização e os conselhos necessários para o pôr em prática a partir da próxima época na Liga F, como primeiro passo para colocar as categorias superiores masculina e feminina em pé de igualdade a médio prazo com um sistema VAR análogo.
O mérito desportivo, e não a territorialidade, deve ter prioridade
Num ambiente construtivo, concordaram também com a necessidade de avançar para a eliminação da territorialidade na arbitragem em todas as categorias profissionais, de modo a que, para a eleição dos árbitros, prevaleçam os méritos desportivos de todos eles, sem praticamente nenhum critério de origem geográfica de uma ou outra comunidade autónoma.
Tudo isto é um sinal da confiança, do respeito e da independência de que devem gozar os árbitros espanhóis, e a reforma do seu sistema organizativo voltou a ser estudada, tendo sido apresentados diferentes modelos internacionais como possíveis alternativas ao sistema atual.
Além disso, na tarde de quarta-feira, realizaram-se duas reuniões durante as quais foram apresentadas diferentes propostas para a reforma das competições que levariam a um aumento da competitividade e da qualidade das competições masculinas e femininas.
Entre as alterações que estão a ser estudadas contam-se a introdução de critérios de proximidade geográfica para os jogos das duas primeiras eliminatórias da Taça, a constituição de uma Segunda Federação Feminina com três grupos e de uma Terceira Federação Feminina com 18 grupos, à semelhança da Terceira Federação Masculina, ou a modificação da atual estrutura das principais categorias nacionais de jovens, entre outras propostas.
Os diferentes grupos de trabalho da comissão têm agendadas para a próxima quinta-feira, 10 de abril, novas reuniões para continuar a avançar com as diferentes propostas apresentadas pelos partidos.