"Cheguei muito jovem e vou-me embora como mulher", diz Olga Carmona à AFP sobre a "difícil" decisão de se mudar da capital espanhola para a capital francesa.
"Pessoalmente, senti que era altura de sair da minha zona de conforto, de continuar a crescer", explica a lateral de 25 anos, sorridente com as suas novas cores.
Carmona, a jogadora que deu à Espanha o Mundial-2023 com o seu golo na final contra a Inglaterra em Sydney, assinou com o gigante parisiense até 2028.
Por enquanto, Carmona está a viver em Paris com as noções básicas de francês que aprendeu no liceu, mas sorri ao aceitar o "desafio" de aprender a língua e contribuir "rapidamente" para a sua nova equipa.

- Porquê o Paris Saint-Germain?
- Estou muito entusiasmada e motivada com este novo desafio, de vir para este grande clube. Estou feliz porque acho que podemos fazer grandes coisas e estou aqui para ganhar. Por fim, Paris é uma cidade que me agrada, já joguei aqui muitas vezes, embora seja verdade que faz muito frio.
- Como surgiu a possibilidade de vir para cá?
- Era uma das possibilidades que eu tinha. O clube sempre se interessou muito por mim, desde o primeiro momento que me demonstrou todo o seu carinho e interesse. Penso que é muito importante para uma jogadora sentir-se querida. Senti-me muito desejada pelo Paris Saint-Germain desde o primeiro minuto e finalmente decidi vir para cá.
"Tenho de aprender francês"
- Por que motivo decidiu deixar o Real Madrid como capitã?
- Já estava no Real Madrid há cinco épocas. Vivi momentos muito bons e toda a gente sabe que estou muito grata por tudo o que o Madrid me deu. Acho que cheguei muito pequena e vou-me embora como uma mulher. Estou feliz por tudo o que lá cresci, mas pessoalmente senti que era altura de sair da minha zona de conforto, de continuar a crescer e a evoluir como jogadora e como pessoa. Atrevi-me a aceitar este desafio e estou muito feliz.
- Preferia ter uma experiência desportiva no estrangeiro a continuar em Espanha?
- Sim, claro. Quando me apercebi que queria sair de Madrid, era para ir para o estrangeiro, para conhecer outra cultura, outro país e outra língua. Neste caso, tenho de aprender francês, por isso vou dar o meu melhor para me adaptar o mais rapidamente possível e contribuir muito para a equipa.
- Como está a lidar com a mudança de um campeonato dominado pelo Barcelona para um em que o Lyon é dominante?
- É claro que o Lyon é um dos melhores da Europa, mas o desafio é esse: criar um bom projeto, uma boa equipa e poder competir com o Lyon para lutar por todos os títulos.
- Antes de se mudar para Paris, tem o Campeonato da Europa com a Espanha.
- Desde que nos tornámos campeões do mundo, sentimos um sentimento de orgulho, mas também de responsabilidade. Agora todos nos vêem como favoritas para o Campeonato da Europa, mas estamos muito calmas. Temos de nos concentrar e preparar-nos bem. Estamos muito entusiasmadas porque sabemos que é muito importante.