A cidade de Dnipro tem sido alvo de repetidos ataques russos durante a ofensiva de mais de 20 meses de Moscovo e, na segunda-feira à noite, o alarme aéreo soou várias vezes. "O jogo foi interrompido várias vezes devido aos avisos, mas foi concluído", anunciou a Federação Ucraniana de Futebol.
De acordo com o site desportivo ucraniano Sport.ua, o duelo entre o Dnipro-1 e o Oleksandriya, que teve início às 17:00 locais, foi o mais longo da história da primeira divisão ucraniana. "Estava determinado a levar o jogo até ao fim", disse o defesa do Dnipro 1, Eduard Sarapiy.
O campeonato ucraniano está a decorrer apesar da guerra de agressão, com a 13.ª jornada a ter lugar no fim de semana. No entanto, por razões de segurança, os jogos são disputados sem adeptos. O Dnipro-1 ocupa atualmente o segundo lugar, atrás do Krywbas Krywyj Rih, o clube da cidade natal do Presidente Volodymyr Selenskyj.
O futebol ucraniano foi gravemente afetado pela guerra com a Rússia. O Shakhtar Donetsk, que se tornou um símbolo da resistência ucraniana, joga a fase de grupos da Liga dos Campeões em Hamburgo, na Alemanha. O FC Mariupol, da cidade portuária, conquistada pela Rússia há um ano após um longo cerco, já não existe. O Tavriya Simferopol mudou-se para a região de Kherson após a anexação da Crimeia pela Rússia em 2014, mas dissolveu-se depois de a sua nova cidade natal, Nova Kakhovka, ter caído nas mãos das forças russas.