A decisão surge na sequência do litígio sobre a transferência do defesa Mark Mampassi, realizada em 2022 pelo Shakhtyor Donetsk por três milhões de euros.
Na altura da transferência, o jogador estava emprestado ao FK Mariupol, um clube que exigiu 50 000 euros pela sua contribuição para a sua formação. O Lokomotiv recusou o pagamento, e o caso foi inicialmente para a FIFA, que decidiu a favor do clube ucraniano e impôs a sanção.
O clube russo contestou a decisão no TAD, mas o tribunal de Lausanne rejeitou o recurso e manteve a proibição de três anos. De acordo com os meios de comunicação ucranianos, trata-se de uma das sanções mais severas aplicadas pela FIFA num caso de incumprimento dos regulamentos relativos às transferências.
Andriy Sanin, vice-presidente do clube de Mariupol, reagiu de forma dura após o anúncio da decisão.
"Deixem-me dar-vos algum contexto. Este caso tem-se arrastado desde 2022. O futebol na Rússia não é diferente da política do país, com mentiras constantes, distorção de factos, cinismo do mais alto calibre e ferramentas de manipulação. Por isso, os argumentos dos advogados do Lokomotiv estavam cheios de coisas miseráveis - que 'Mariupol já é uma cidade russa, por isso não está sob a jurisdição da Federação Ucraniana' e que 'a equipa foi totalmente destruída e não existe como entidade futebolística'. E se alguém pensa que os russos alguma vez reconhecerão os seus erros, está redondamente enganado. Este é o resultado de três anos de luta com a Rússia e da forma como esta distorce a verdade. Mariupol é e continuará a ser uma cidade gloriosa da Ucrânia! E acredito que chegará o momento em que o FK Mariupol regressará de novo à cena futebolística do país", foi a reação do responsável.