Após a saída de João Henriques, o nome apareceu rapidamente no radar: Gonçalo Feio estava sem clube desde a sua saída imediata para o Dunkerque, da segunda divisão francesa. Recorde-se que só passou 23 dias na costa francesa.
Hoje, o treinador de 35 anos foi apresentado oficialmente na sede do Radomiak Radom, juntamente com uma camisola com o número de identificação: 2028, a data até à qual o seu contrato será válido. Uma informação previamente avançada pelo Flashscore.
O jovem treinador ainda não conseguiu estabelecer a sua marca fora da Polónia, e a sua imagem no país não é totalmente positiva: Feio fala polaco fluentemente e impressiona muitos observadores com a sua ética de trabalho, mas até agora só conseguiu resultados que satisfizeram todas as expectativas no Motor Lublin. Lá, em 54 jogos, ele registou uma média de 1,91 pontos por partida, garantindo ao clube uma rápida promoção para a Ekstraklasa.
Rapidamente conquistou a transferência para o Legia Varsóvia, mas os resultados no maior clube polaco foram recebidos com avaliações mistas. Por um lado, ganhou a Taça da Polónia e chegou aos quartos de final da Liga Conferência. Além disso, a média de pontos continua boa... mas apenas boa. No entanto, os militares não conseguiram conquistar o campeonato polaco, nem sequer chegaram perto disso. A política de transferências e o desenvolvimento dos jogadores também suscitaram dúvidas. Após 62 jogos, o treinador deixou Varsóvia.
Além dos aspetos desportivos, há também a personalidade de Feio, que ficou famoso pelos conflitos em ambas as equipas que treinou até agora – desde discussões a agressões físicas durante o infame incidente com a caixa de areia. Não faz sentido voltar aos incidentes da época em que ocupava cargos inferiores, mas o conjunto da situação leva a questionar: será que Feio conseguirá manter-se no clube até 2028?