O ataque com drones e mísseis da República Islâmica do Irão contra Israel teve consequências no mundo do desporto. Paco Jémez decidiu deixar o país depois do sucedido e já se encontra em Espanha, mais concretamente na Corunha.
O treinador explicou-o à Marca: "É uma questão de paz de espírito. Não podia estar a falar com as minhas filhas todos os dias e vê-las a chorar e a pedir-me para sair. Quando houve o ataque à embaixada do Irão, tivemos de procurar uma saída, mas com a ação contra Israel já era óbvio. Não se trata de uma questão económica, porque perdoámos dois anos de contrato, nem de uma questão desportiva. Estávamos em terceiro lugar no campeonato e nos quartos de final da Taça, com um bom projeto para crescer, mas tínhamos de sair para nossa própria tranquilidade e das nossas famílias. Nesse sentido, o Tractor teve um comportamento fenomenal, agora e sempre. Pagaram-nos religiosamente desde o momento em que chegámos, arranjaram-nos vistos sempre que quisemos sair.... Mesmo neste momento crítico, uma vez que o proprietário tem uma companhia aérea".
Paco Jémez explicou ao mesmo meio de comunicação como conseguiu sair do Irão. "Foi como um filme, não se pode imaginar. É um país onde é preciso um visto para entrar ou sair, não há liberdade de movimentos. Desde o ataque a Israel, decidimos partir. O espaço aéreo estava fechado nesse dia e no dia seguinte, mas depois falámos com o clube para sair, visto que havia a possibilidade de apanhar um voo para Istambul. Chegámos a um acordo para rescindir o contrato e fomos para o aeroporto sem saber ao certo se o avião partiria ou seria cancelado. A espera foi longa e tensa, mas agora estamos em casa."