Questionado sobre as escolhas para montar a escalação, Abel reafirmou que só ele é capaz de decidir quem está apto a jogar.
"O treinador é escolhido porque tem uma função muito específica: é o único que sabe o que se passa dentro do campo, do centro do treino, que vê os jogadores a treinar. Mas vocês (jornalistas) é que sabem. Quem está fora só faz uma coisa: opinar. Quem trabalha com os jogadores somos nós. Ninguém, nem comentador, nem jornalista, tem mais informação que o treinador. E ninguém quer ganhar mais que o treinador e seus jogadores", disse Abel Ferreira.
Diante do Coritiba, o técnico do Palmeiras promoveu a estreia como titular de Luis Guilherme, de 17 anos. O jovem substituiu Raphael Veiga, desfalque por suspensão.
"O treinador é o único que tem a informação toda para dizer: vai jogar este, vai poupar aquele, vai jogar o outro. E a função também é estar preparado para ouvir críticas, elogios, mas sobretudo para uma coisa, que é aquilo que eu faço. Sei da onde venho, sei o que me fez chegar até aqui", declarou Abel Ferreira.
"Aquilo que os outros dizem não faz diferença para mim. Sei o que faço, sei o que meus jogadores fazem. Portanto, se a mesma equipa tiver que jogar todos os jogos, vai jogar. Se tiver que trocar, vamos trocar. E se tivermos jogadores do mesmo nível para trocar, vamos trocar."
Críticas ao calendário
Como de costume, Abel Ferreira reclamou da maratona de jogos no futebol brasileiro. O treinador repetiu que é preciso dar mais tempo de recuperação aos jogadores para a qualidade das partidas ser melhor.
"Tínhamos três dias de descanso. Uns às vezes estão mais frescos, outras vezes não estão. Viemos de dois meses com nove jogos, agora vai parar por causa da Seleção, e seguiremos com nove jogos outra vez. É assim", desabafou Abel.
Por último, Abel Ferreira visou também a arbitragem, nomeadamente Felipe Fernandes de Lima, com quem teve uma discussão logo no início a partida
"Há muita gente gosta de ter o Abel na boca. Os comentadaores sempre falaram dos amarelos, não sei o quê. Sinceramente, há uma coisa que vocês têm que entender: sou um treinador intenso nas quatro linhas. Isso não vai mudar, se isso acontecer vou deixar de ser treinador. Não vai ser comentador nenhum, jornalista, meu pai ou minha mãe vão mudar meu caráter e a minha forma de ver o jogo", concluiu.