“Não, o que quero mesmo é estar com a minha família. Ser treinador em Portugal, sendo português, não é fácil. Não para mim, mas para minha família, porque vivemos num mundo mediatizado em que as pessoas não sabem separar o treinador ou dirigente da pessoa. É o que mais me assusta no futebol de hoje em dia. Quando misturam isso é perigoso e não quero”, explicou.
Acabado de se sagrar bicampeão brasileiro com o Palmeiras, Abel fez uma retrospetiva da carreira.
“Felizmente as coisas têm corrido muito bem, mas é bom que as pessoas percebam que, na minha curta carreira, em 10 anos tive seis no futebol profissional e quatro a semear, sem colher nada. O que digo a qualquer treinador é que acredite e faça o que sabe e pode. Para mim, o sucesso não são os títulos, mas chegar a casa e deitar-me de consciência tranquila porque dei o melhor com os recursos que tenho”, concluiu.