Mais

Abel responde aos jornalistas: "Vocês não me conhecem, nem eu quero que vocês me conheçam"

Abel Ferreira, treinador do Palmeiras
Abel Ferreira, treinador do PalmeirasJORGE RODRIGUES / AGIF / AGIF via AFP

O Palmeiras bateu, esta madrugada, o Botafogo por 1-0, com um golo de Felipe Anderson, e subiu à vice-liderança do Brasileirão. No final da partida, Abel Ferreira voltou a deixar críticas à imprensa brasileira.

Recorde as incidências do encontro

O técnico começou por ser questionado sobre o acordo entre o Palmeiras e o Al Sadd, após queixa apresentada do clube do Catar à FIFA pelo incumprimento de um pré-acordo para ser seu treinador. 

"Já estava preparado (para esta pergunta). No final de 2023, tive mais uma vez a possibilidade de sair, em condições extraordinárias. No final de 2023, depois de sermos campeões, eu disse: ‘Eu fico’. Essa imagem está por todo lado. Fiquei pelos meus jogadores, por todo o staff, e pela nossa massa adepta. Fico porque sou um treinador de relações, de projeto. A maior prova de amor não é dizer todos os dias ‘eu amo-te', mas escolher ficar mesmo quando era mais fácil ir embora, como outros treinadores fizeram na mesma situação do que eu", atirou.

Ainda assim, Abel não garantiu que irá continuar a ser treinador do Palmeiras no futuro.

“Em relação ao meu contrato, se fico ou não fico este ano, quem vai decidir é a minha família. Mas não é momento para decidirmos o que quer que seja. O importante não foi nem nunca será o Abel. O mais importante será sempre o que for o melhor para o Palmeiras. Nenhum de vocês me conhece. Nem vocês nem quem está a comentar, porque se quisessem realmente conhecer-me e saber quem é o Abel, iam perguntar a pessoas que trabalham comigo, não a jornalistas que não gostam do Palmeiras ou do Abel", disparou.

Os resultados do Palmeiras
Os resultados do PalmeirasFlashscore

O treinador português reforçou as críticas aos jornalistas na conferência de imprensa após o encontro.

"Pessoas que trabalham comigo, meus ex-presidentes, ex-jogadores, atuais presidentes.... é com esses que vocês têm de falar. Vocês não me conhecem, nem eu quero que vocês me conheçam, porque cada um constrói a narrativa que quer. Se me quisessem realmente conhecer, vocês saberiam. Aliás, está tudo escrito num livro. Ou será que vocês não gostam de ler? Foi uma forma de agradecer ao futebol brasileiro”, disse. 

“Nos últimos três ou quatro anos o Palmeiras discutiu (por títulos) com alguém. Na Libertadores, os grupos são sempre fáceis e, como todos os clubes do mundo, ganhamos e perdemos, passamos por diferentes momentos. O Guardiola foi disputar o Mundial e foi pior do que o Palmeiras, mas fizeram a narrativa de que fizemos um péssimo Mundial. O Palmeiras é um clube muito bem presidido, muito bem dirigido pelo Barros e tem um treinador mais ou menos. Seguramente há muitos treinadores melhores do que eu, mas acho que não sou assim tão mau, modéstia à parte”, concluiu.