De acordo com a investigação, os criminosos abriam contas bancárias com documentos falsos em nome de jogadores de futebol brasileiros e solicitavam a transferência de pagamentos de salários das contas reais dos atletas para as contas fraudulentas.
Entre as identidades usadas estão as de jogadores brasileiros da Série A, como Gabigol, ex-jogador do Flamengo e atual jogador do Cruzeiro, e o argentino Walter Kannemann, do Grémio, informa a imprensa brasileira.
"Depois de receberem os fundos, os autores das fraudes transferiam o dinheiro para outras instituições financeiras, compravam produtos e serviços ou faziam levantamentos em caixas multibanco para dificultar o rastreio e a recuperação do dinheiro", disse a polícia.
A investigação começou em janeiro, depois de um banco ter detetado irregularidades nas transacções de portabilidade dos salários dos jogadores de futebol.

O esquema conseguiu desviar mais de um milhão de reais (cerca de 156.600 euros), dos quais as autoridades recuperaram 135.000 reais (apenas 21.000 euros).
O banco "corrigiu imediatamente a vulnerabilidade" após detetar o esquema e reembolsou as vítimas, "que não tinham conhecimento da fraude", dizem as autoridades.
A operação, batizada de "Falso 9", mobilizou mais de 100 policiais civis dos estados de Rondônia (oeste) e Paraná (sul), com apoio do Amazonas (norte) e Mato Grosso (oeste), que cumpriram 33 mandados na terça-feira, a maioria de prisões domiciliárias e preventivas.
Os suspeitos são acusados de fraude eletrónica, falsa identidade, uso de documentos falsos, organização criminosa e lavagem de dinheiro, com penas que podem chegar a 33 anos de prisão.