Recorde as incidências da partida

A equipa da casa impôs-se desde os primeiros minutos, sem dar espaço ao Vasco para reagir. A formação orientada por Fernando Diniz não conseguiu manter a posse de bola, algo que habitualmente faz com qualidade, nem travar a construção ofensiva do adversário.
Nos primeiros 15 minutos, o domínio do Botafogo refletiu-se em 57% de posse de bola e quatro remates, contra apenas um do Vasco. O Fogão terminou a primeira parte com 13 finalizações, enquanto o rival fez apenas cinco.
O marcador podia ter sido inaugurado mais cedo, não fosse a boa exibição de Léo Jardim. O guarda-redes vascaíno travou duas oportunidades claras, destacando-se numa defesa de alto nível após um remate de Santi Rodríguez, que surgiu na direita da grande área após rápida troca de passes.
Curiosamente, o golo só surgiu quando a pressão do Botafogo tinha abrandado, num momento de maior equilíbrio e com várias faltas e cartões - Alexander Barboza e Marlon Freitas foram admoestados, e o adjunto do Botafogo, Luis Tevenet, acabou expulso.
Joaquín Correa chegou
O experiente Joaquín Correa, médio-ofensivo argentino de 31 anos, com uma sólida carreira na Europa, demorou a afirmar-se no Botafogo. Chegou a meio do ano e só marcou o seu primeiro golo na 30.ª jornada do Brasileirão, diante do Santos, no final de outubro e logo por duas vezes, no empate 2-2.
O argentino não conseguiu dar continuidade ao bom momento, devido a uma lesão na perna direita que o afastou do encontro com o Mirassol. De regresso ao onze titular, voltou a mostrar qualidade e obrigou Léo Jardim à primeira grande defesa da partida, ainda na etapa inicial.
Após uma boa jogada de Arthur Cabral, Correa aplicou um drible eficaz à entrada da área antes de ser derrubado por Cuesta. Da falta resultou o penálti que Alex Telles converteu com um remate potente, colocando o Botafogo em vantagem ao intervalo. O argentino ainda acertou na trave antes de ser substituído aos 19 minutos do segundo tempo.
Botafogo mata o jogo
O Vasco conseguiu equilibrar o jogo nos primeiros minutos da segunda parte. No entanto, rapidamente o Botafogo voltou a ter mais posse de bola e continuou a criar as oportunidades mais perigosas, sobretudo em transições rápidas.

O primeiro aviso surgiu aos 23 minutos, quando Artur, que tinha entrado para o lugar de Joaquín Correa, e Savarino combinaram em velocidade pela direita. Artur apareceu isolado, mas rematou por cima da trave.
Pouco depois, o Botafogo voltou a recuperar a bola e, com tempo e espaço para pensar, Savarino descobriu o passe perfeito entre os defesas do Vasco, deixando Artur isolado frente a Léo Jardim. O avançado dominou e finalizou com frieza, colocando a bola fora do alcance do guarda-redes. Na celebração, tirou a camisola e acabou por ver o cartão amarelo, ficando assim suspenso para o jogo com o Vitória, no fim de semana. A posição foi inicialmente duvidosa, mas, após revisão do VAR, o golo foi confirmado.
Já nos minutos finais, após um pontapé de canto, Cuiabano dominou pela direita da grande área e rematou pressionado. A bola desviou-se e sobrou para David Ricardo, que cabeceou para o fundo das redes, fechando o resultado. Oficialmente, o lance foi registado como autogolo de Léo Jardim.
