O Bahia, pertencente ao City Group desde 2023, pagou 14 milhões de reais (2,2 milhões de euros) para levar o avançado Kauê Furquim, de 16 anos, ao rescindir unilateralmente o contrato com o clube paulista, segundo a imprensa brasileira.
"Em nenhum momento o Corinthians foi notificado do interesse em negociar o jogador. Vamos estudar os caminhos jurídicos para punir os responsáveis", disse em comunicado o Timão, que classificou o movimento como "ilícito e imoral".
"Vamos recorrer à CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e à FIFA para fazer justiça", acrescentou, acusando que "é mais um exemplo da antiga e nefasta prática de roubar talentos, muito jovens, do futebol nacional e levá-los por um preço vil a mercados externos, reduzindo o Bahia a um simples intermediário", protestou o clube paulista.
A AFP pediu um comentário ao Bahia, sem receber resposta até este momento.
O Corinthians também sublinhou que rompe "qualquer relação institucional" com o clube do nordeste do Brasil e com o City Group. Justamente, ambos vão defrontar-se na próxima jornada da Liga.
O Manchester City, o Troyes, o Girona, o Palermo e o NY City estão entre os 13 clubes que fazem parte do poderoso conglomerado de capital dos Emirados Árabes Unidos. Na América do Sul, o holding tem equipes afiliadas no Brasil (Bahia), Uruguai (Montevideo City) e Bolívia (Bolívar).
Formado na acadamia de jovens do Corinthians, Kauê Furquim ainda não se estreou pela equipa principal, embora tenha sido convocado duas vezes pelo treinador Dorival Júnior nesta temporada da Série A.