Recorde as incidências da partida

Apesar do empate em casa, o Palmeiras teve um motivo para sorrir na jornada, graças à derrota do Flamengo diante do Fortaleza, que deixou o Verdão isolado na liderança do campeonato. A equipa paulista soma agora 62 pontos, mais um do que os cariocas. Ambas as equipas têm, neste momento, 29 jogos disputados. No entanto, esta é já a terceira partida consecutiva sem vitória para os comandados de Abel Ferreira.
Já o Cruzeiro deixou o Allianz Parque com a sensação de uma oportunidade desperdiçada. A Raposa poderia ter encurtado a distância para Palmeiras e Flamengo em caso de vitória e reacendido o sonho do quinto título brasileiro. Com o empate, a formação mineira chegou aos 57 pontos, cinco a menos que o Verdão e quatro em relação ao Rubro-Negro. A equipa orientada por Leonardo Jardim perdeu fulgor nas últimas jornadas e venceu apenas um dos últimos seis encontros.
Jogo amarrado
A história do jogo no Allianz Parque pode ser contada sob dois prismas: o duelo entre as equipas e as decisões da arbitragem. Comecemos pela bola a rolar e, nesse aspeto, o encontro entre Palmeiras e Cruzeiro ficou aquém das expectativas. A primeira parte foi marcada por muita luta, disputas intensas e várias faltas.
O Palmeiras não conseguiu impor-se na posse de bola e criou muito pouco antes do intervalo, praticamente sem assustar a baliza de Cássio. O Cruzeiro, por seu lado, mostrou-se mais criativo e causou maiores problemas à defesa alviverde. A melhor oportunidade surgiu dos pés de Keny Arroyo, que obrigou Carlos Miguel a uma excelente defesa.

Quem esperava uma mudança significativa na segunda parte acabou por se dececionar. O Palmeiras teve mais posse, mas de forma quase sempre improdutiva. Mesmo depois de ficar em vantagem numérica, com a expulsão do defesa Fabrício Bruno, o Verdão não conseguiu assumir o controlo do jogo. O Cruzeiro teve ainda a melhor ocasião da etapa final, num remate de Kaio Jorge dentro da pequena área, travado por uma defesa instintiva de Carlos Miguel.
Reclamação dos dois lados
Tão importantes quanto a disputa entre as duas equipas foram as decisões polémicas do árbitro Rafael Klein. A primeira delas gerou revolta no Cruzeiro, após o juiz ter optado por não expulsar o defesa Gustavo Gómez, que fez uma entrada duríssima sobre Wanderson - o jogador teve mesmo de abandonar o relvado lesionado. Depois de consultar o VAR, Klein considerou que a falta era apenas passível de cartão amarelo.
No entanto, as queixas não ficaram apenas do lado azul. Na segunda parte, o Palmeiras protestou contra um golo anulado de forma controversa. No lance, Flaco López ganhou de cabeça a Fabrício Bruno e rematou com força. Cássio defendeu, mas deixou a bola escapar, e Ramón Sosa, na disputa seguinte, acabou por introduzi-la na baliza. O árbitro assinalou falta do paraguaio e nem sequer foi chamado a rever o lance no VAR.
